Síndrome de Sjögren: saiba o que é a doença autoimune que afeta Fernanda Keulla
Apresentadora destaca desafios enfrentados por quem convive com o distúrbio
Famosos e TV|Do R7

A apresentadora Fernanda Keulla, de 39 anos, anunciou nesta semana que foi diagnosticada com a síndrome de Sjögren, uma doença autoimune rara, caracterizada principalmente por sintomas como boca e olhos secos, cansaço intenso e dores recorrentes.
O anúncio foi feito por meio de vídeo publicado em suas redes sociais, no qual Keulla detalha o longo percurso até chegar à explicação para o mal-estar persistente que enfrentava.
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No relato, a influenciadora contou que demorou a entender que não era normal sentir-se doente todos os dias. Ela mencionou episódios de fadiga extrema, dificuldades em se levantar da cama e necessidade de ausentar-se das atividades cotidianas, além de enfrentar críticas e autocobrança durante o processo de investigação clínica.
O que é a doença
A síndrome de Sjögren é causada por um desequilíbrio do sistema imunológico, em que células de defesa atacam as próprias glândulas do organismo, principalmente as responsáveis pela produção de saliva e lágrimas. Essa reação desencadeia inflamações que resultam na secura das mucosas e podem afetar diversos órgãos.
Além do desconforto ocular e bucal, a síndrome pode causar outras complicações como dores articulares, inflamação pulmonar, alterações neurológicas e problemas renais e vasculares. Em alguns casos, a doença pode comprometer de forma importante a qualidade de vida.
A síndrome é classificada em duas formas: primária, quando ocorre de forma isolada, e secundária, quando está associada a outras doenças autoimunes, como lúpus, artrite reumatoide ou esclerodermia. Ainda que a maioria dos casos seja registrada em mulheres acima dos 40 anos, a síndrome pode afetar homens e pessoas de todas as idades.
As causas exatas da doença permanecem desconhecidas, mas há indícios de influência genética, fatores hormonais e ambientais, além de possíveis gatilhos infecciosos. O diagnóstico é considerado complexo e depende da avaliação clínica dos sintomas, de exames laboratoriais e de procedimentos como a biópsia das glândulas salivares.
Como não existe cura definitiva para a síndrome de Sjögren, o tratamento se concentra no controle dos sintomas e na prevenção de complicações. Para a secura, são recomendados colírios e saliva artificial. Casos mais graves podem exigir o uso de anti-inflamatórios, corticoides e imunossupressores, sempre com acompanhamento especializado.
A Sociedade Brasileira de Reumatologia destaca que manifestações clínicas variam amplamente entre os pacientes. Além dos sintomas clássicos, podem ocorrer secura da pele, nariz e vagina, dificuldade para engolir ou falar, além de riscos aumentados de infecções, como cáries, gengivite e conjuntivite.
A entidade ressalta que sintomas semelhantes de secura podem ter outras causas, incluindo uso de medicamentos, infecções ou doenças oculares. Por isso, é fundamental a avaliação por oftalmologista e reumatologista para um diagnóstico preciso.
Apesar de ser considerada uma doença de evolução lenta e progressiva, a síndrome de Sjögren costuma permitir uma vida relativamente normal com o tratamento adequado. Especialistas orientam a busca por diagnóstico precoce e acompanhamento constante para minimizar impactos à saúde e preservar a qualidade de vida dos pacientes.
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