Banda Lagum fala sobre viralizar nas redes sociais: ‘Não fazemos música pensando nisso’
Em entrevista ao R7, grupo de pop rock, que é sensação entre a Geração Z, destacou que ainda há muito para conquistar
Música|Larissa Lopes, do R7

Apesar de virar trend nas redes sociais e fazer verdadeiros hinos para a Geração Z, a banda Lagum garante que o intuito de suas músicas nunca é viralizar. Em entrevista exclusiva ao R7 — nos bastidores do show que aconteceu na última sexta-feira (3), no Espaço Unimed, em São Paulo —, o grupo mineiro de pop rock fala sobre os sucessos e o que ainda falta realizar.
Pedro Calais, Otávio Cardoso (Zani), Glauco Borges (Jorge) e Francisco Jardim (Chico) são conhecidos pelos fãs por “não terem músicas ruins” e falarem sobre o que afeta quem tem 20 e poucos anos. Eles lançaram o quinto álbum de estúdio em maio deste ano e, em agosto, começaram a turnê do novo disco por São Paulo.

As Cores, as Curvas e as Dores do Mundo tem dez faixas e é o projeto mais maduro da banda, que decidiu olhar de uma forma leve e otimista para as pequenas e mais simples coisas da vida desta vez. O álbum também marca a volta da Lagum para a produção independente, por meio de um selo próprio, depois de romper contrato com a Sony.
A música A Cidade, uma balada que fala sobre como um local pode perder totalmente a graça depois de alguém ir embora, começou a se espalhar pela internet, assim como aconteceu com Ninguém Me Ensinou, outro hit da banda. Apesar do sucesso, os integrantes vão na contramão da cultura de produção em massa de hits para o TikTok e garantem que a intenção nunca foi viralizar.
“A música tem que bater na gente primeiro. Se ela bater nos outros, a missão foi cumprida. Não é tão ‘arte pela arte’ assim, mas, primeiro, tem que bater na gente”, aponta o vocalista, Pedro Calais, em conversa com o R7. “Se isso vai estourar na rádio, ou no TikTok, a gente não tem controle, e não fazemos música pensando nisso”, completa.
De Minas para o mundo
Os músicos já estavam há quatro anos na estrada quando tiveram a música Deixa compartilhada nos stories por Neymar, em plena Copa do Mundo de 2018, e furaram a bolha de verdade.
Com 11 anos de carreira, o quarteto acumula cinco álbuns e três indicações ao Grammy Latino — na categoria de Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa. Em abril de 2026, eles se apresentarão em Berlim, Amsterdã, Paris, Londres, Dublin, Barcelona, Porto e Lisboa. Mesmo com a lista, a banda afirma que há muito a fazer no futuro.
“O Brasil é um país continental, ainda têm muitos lugares e festivais para a gente chegar. É sempre importante olhar para trás, ver o que conquistou e traçar novos planos”, declara Jorge.
O show tem que continuar
Contagiante e catártico, o show da Lagum não deixa de lembrar dos momentos difíceis da banda. Em 2020, Breno Braga, conhecido como Tio Wilson, o quinto integrante do grupo, morreu em decorrência de uma parada respiratória.
Dedicando a performance de sexta (3) aos fãs, à equipe, mas também ao amigo que morreu, o quarteto mostra que não perdeu a conexão que tem com o público, que certamente é mais profunda e sólida do que o boom das redes sociais.
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