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Bruno Diegues, ex-Jeito Moleque, grava primeiro DVD da carreira solo: ‘Tenho muito a mostrar’

“Mais uma Noite” marca o retorno do vocalista ao pagode, com diversas participações de peso, como Thiaguinho e Ferrugem

Música|João Pedro Benedetti e Matheus Borges, do R7*

Oito anos após se separar do grupo Jeito Moleque, Bruno quer mostrar sua pluralidade sonora e pessoal ao público
Oito anos após sair do Jeito Moleque, Bruno Diegues quer mostrar versatilidade Foto: Divulgação/Isis Lacombe

O cantor Bruno Diegues, antigo vocalista do grupo de pagode Jeito Moleque, irá voltar aos palcos nesta quarta-feira (28) para a gravação do seu primeiro DVD solo, intitulado Mais Uma Noite. A apresentação marca de vez a volta do artista ao pagode, que, após deixar o grupo em 2016, se aventurou por outros gêneros musicais, como o reggae e o soul.

O show acontecerá na zona norte da cidade de São Paulo e contará com a presença de grandes artistas, como Thiaguinho, Dilsinho, Ferrugem, Kevin O Chris e o grupo Menos é Mais. A gravação captará 25 faixas, sendo 13 músicas inéditas, que posteriormente serão divulgadas em todas as plataformas.

Em entrevista exclusiva ao R7, o cantor de 37 anos deu spoilers sobre o show, suas inspirações musicais, os desafios do retorno, além de abordar a questão socioambiental, muito presente desde o início de sua carreira, e que irá se refletir nesta audição, com intuito de reduzir as emissões de carbono em todas as etapas da apresentação.

Confira na íntegra o bate-papo:


R7 - Bruno, sabemos que seu novo audiovisual, Mais Uma Noite, está repleto de novidades e participações especiais. Qual destas inovações você está mais ansioso para tirar do papel?

Bruno Diegues - É mais uma noite para celebrar tudo que a gente construiu até aqui. São tantas pessoas que fazem parte dessa história, outras que estão chegando agora. Então, é um momento que a gente divide as emoções, que a gente olha para trás, sente o agora, e projeta para frente. Muita energia envolvida nessa noite especial, e nós queremos tirar do papel todas essas vivências e conseguir ‘imprimir’ desse registro aquilo que nos representa. Então, essa ansiedade vem daí.


R7 - Desde o início de sua carreira musical, seus projetos andam lado a lado com a sustentabilidade. Podemos esperar algo inovador em relação a este assunto em seu novo audiovisual? E como você enxerga o fortalecimento de discussões voltadas a ESG (conjunto de práticas voltadas para a preservação do meio ambiente) na sociedade atual?

Bruno - Eu sempre estive próximo de pessoas que trabalham no socioambiental, sempre fui alertado das causas, dos fatos que vão acontecendo no planeta. Essas pessoas, às vezes, têm algumas informações antecipadas, privilegiadas, e a gente sente a necessidade de abraçar a causa. Desde o início da carreira, tento de alguma maneira colocar isso em prática. E todos os efeitos que a gente ouviu falar são coisas que estão acontecendo agora, as mudanças climáticas e tudo mais. Acredito que este tópico está cada vez mais inserido no dia-a-dia da sociedade, muito pelos fatos ocorridos, que não são positivos. Para esse show, fiz um projeto em parceria com a OAK Educação com intuito de reduzir as emissões de carbono em todas as etapas da apresentação. É uma coisa que está comigo aqui. Estou querendo colocar isso mais em prática, buscando parceiros e outras coisas mais para criar um projeto novo.


R7 - Quando falamos do início de sua carreira, sua trajetória se mistura muito com a de Thiaguinho. Qual a importância de ter um nome como este participando deste seu retorno?

Bruno - Sim, eu e o Thiaguinho viemos da mesma geração, né? A gente viu tudo acontecer um na carreira do outro. Então, temos uma admiração e respeito mútuos, e a participação dele neste momento foi uma carimbada. Toda a construção dele, onde ele chegou. E termos nos reencontrado agora não foi uma coisa premeditada. Vejo como uma sinergia da vida mesmo, e acho que o público pode esperar algo à altura, porque a música é ótima e vai ser um momento bem especial do show.

Bruno Diegues se preocupa com as questões ambientais ao gravar um trabalho Reprodução/Instagram @brunodiegues

R7 - Como você definiria essa nova fase de sua carreira, com a gravação do primeiro DVD em sua carreira solo, junto da volta aos palcos?

Bruno - Eu me sinto no começo, me sinto na construção ainda. Eu criei a imagem na época do Jeito Moleque que continua comigo. As pessoas conseguem enxergar ainda esse menino. Mas eu sei que eu tenho muito a mostrar, tirando esse rótulo. Existem várias faces da minha pessoa aqui, que eu acho que nesse primeiro trabalho já vai ficar muito visível. As pessoas vão conseguir enxergar um Bruno Diegues plural e, ao mesmo tempo, com identidade, originalidade, com aquela raiz que elas conheceram no passado. Então, é um momento de construção de imagem mesmo, de sonoridade, de tudo isso. Vai ser a minha primeira impressão. Essa construção está sendo ótima de viver!

R7 - Nesta apresentação, você irá mostrar 13 músicas inéditas para o público. Qual o segredo para se reinventar depois de tantos anos de carreira?

Bruno - Eu acredito que está tudo na vivência, né? Nunca fui um artista que gravou toda hora, aquele artista que está sempre ali, né? Às vezes, eu dou uma sumida, fico ali no meu tempo, no meu espaço, mas eu estou vivendo. Minha cabeça não para, meu coração, minha alma... e a música é o que me move. Estive viajando esse tempo todo, ouvindo as pessoas, o que elas têm a dizer sobre mim, as minhas novas vivências. Tudo que está sendo construído foi sendo escrito até chegar nesse projeto. Então, eu acho que é um dia de cada vez. E agora, nessa noite especial, eu vou conseguir mostrar muita coisa do que vivi nesse tempo em que estive mais ausente.

R7 - Quais são suas principais inspirações na música que mais se refletem neste projeto?

Bruno - Acho que a minha inspiração está dentro disso também, do reinventar, da gente conseguir mostrar a autenticidade, a originalidade, ser uma alternativa para as pessoas. No meio de tantos, é muito difícil. Hoje tem tudo de tudo, então, tento criar o novo, a identidade. E olhando para trás, todos esses anos de carreira também, acho que a meta é passar uma juventude ainda, né? Porque não é fácil, depois de tanta coisa vivida, tudo que alcançamos. Para poder nos reinventar, temos de agir com forças para criar algo novo. Acho que vem muito da energia das pessoas que estão ao redor.

R7- Como você vê este retorno, acompanhado de um público mais jovem, de outra geração, diferente de seu começo?

Bruno - É um desafio e tanto conversar com a nova geração, mas eu percebo que as pessoas da minha geração ajudam muito. Sempre alguém acaba trazendo um parente, ou uma pessoa mais nova, uma sobrinha, um filho, alguém da família que conheceu meu trabalho por meio dessa pessoa que é da minha geração. E é um desafio criar essa conexão. Mas é válido, é ótimo e ajuda a gente a entrar nesse lugar e se sentir mais jovem também, né? Observar as experiências com o olhar deles, do presente.

*Sob supervisão de Thaís Sant’Anna

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