Fundador da gravadora YG deixa cargo após série de escândalos
Empresa, que gerencia nomes como BIGBANG e BLACKPINK, tinha artistas envolvidos com uso de drogas e corrupção. Yang Hyun-suk era diretor criativo
K Pop|Giovanna Orlando, do R7
Yang Hyun-suk, fundador da gravadora e terceira maior empresa de k-pop YG Entertainment, renunciou nesta sexta-feira (14) ao cargo de produtor chefe e diretor criativo. Ele e o irmão, Yang Min-suk fundaram a empresa em 1996 e lançaram alguns dos principais nomes do gênero, como 2NE1, PSY, BIGBANG e o BLACKPINK.
O anúncio aconteceu após uma série de escândalos envolvendo a empresa, como uso de drogas de alguns artistas e polêmicas envolvendo o próprio Yang. Através de comunicado oficial pelo site da gravadora, ele disse estar se desligando da empresa.
“Eu dediquei os últimos 23 anos da minha vida para a YG Entertainment. Ela me trouxe imensa felicidade ao apoiar a melhor música e os melhores artistas”, escreveu.
“Entretanto, a partir de hoje, eu renuncio a todos os meus cargo e trabalho na empresa”, informou. “Eu sinceramente espero que não haja mais danos aos meus queridos artistas na empresa e para os amorosos fãs por minha causa”.
Série de escândalos
O primeiro abalo na reputação da empresa surgiu no começo deste ano, com as investigações na boate Burning Sun e o envolvimento de Seungri, do BIGBANG, e outros artistas de k-pop em corrupção, práticas criminosas e prostituição.
Com o desenrolar das investigações, Seungri anunciou que vai se aposentar da indústria e deixou a empresa, mas a medida não foi o suficiente para limpar a reputação da YG, que teve uma série de alegações sobre práticas comerciais e falta de pagamento de taxas durante o mês de março expostas.
No mês passado, Hyun-suk foi acusado de solicitar serviços de prostitutas para parceiros comerciais e empresários no passado. Ele negou as acusações.
E durante esta semana, o líder do grupo iKON, B.I (cujo nome real é Kim Han-bin) teria tentando comprar maconha e LSD em meados de 2016, segundo relatos, apesar do consumo de drogas ser proibido na Coreia do Sul.
O artista se desculpou publicamente e afirmou ter cogitado usar as substâncias, mas não as comprou e nem consumiu. Ele foi desligado da companhia e teve que deixar o grupo.
Durante a quarta e quinta-feira (13), relatos apareceram na mídia sul-coreana que Yang tentou ativamente impedir que a polícia investigasse o caso de B.I, segundo a Billboard. A empresa negou as acusações.
Apesar da importância e do papel da YG para o crescimento e difusão do k-pop no ocidente, como parceria com artistas norte-americanos e a participação do BLACKPINK no Coachella, as ações da empresa estavam instáveis e caíram a cada novo escândalo na mídia.
Irmão mais novo também deixou a empresa
Horas depois do anúncio, o irmão mais novo, que era o CEO da empresa, Yang Min-suk, também renunciou ao cargo. Ele havia assumido o papel depois que Hyun-suk se tornou uma figura pública e o principal diretor criativo.
Ainda não foi anunciado quem vai assumir os cargos vacantes na empresa.