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Laércio de Freitas relança disco que virou preciosidade na Europa

Pianista ainda fez parceria com a filha, a atriz Thalma de Freitas

Música|Daniel Vaughan, do R7

Pianista já tocou com Bethânia, Clara Nunes e Simonal
Pianista já tocou com Bethânia, Clara Nunes e Simonal Pianista já tocou com Bethânia, Clara Nunes e Simonal

O pianista Laércio de Freitas está comemorando 45 anos do disco Laércio de Freitas e o Som Roceiro. Registrado em 1972, o trabalho vem sendo descoberto por uma nova geração de fãs. Além disso, o vinil original vale muito e é disputado fora do Brasil.

Paralelo à carreira solo, Laércio também acompanhou ícones da música como Maria Bethânia, Clara Nunes, Wilson Simonal e os americanos The Supremes. A lista é longa.

Laércio de Freitas é um ícone da MPB
Laércio de Freitas é um ícone da MPB Laércio de Freitas é um ícone da MPB

Para festejar o momento especial, o pianista está relançando seu álbum histórico em CD e acaba de fazer um show comemorativo no Sesc Pinheiros (SP). O maestro, de 75 anos, está eufórico com a ótima fase.

— Foi uma surpresa! É ótimo saber que um disco gravado há 45 anos ainda traz interesse, principalmente, pelos mais jovens. O caráter genuíno da época impulsionou essa gravação. Ele traz a essência de questões existenciais da juventude, como querer inovar, misturar ritmos e conceitos. Também tem a coisa da liberdade, da espontaneidade, que estava muito forte nos anos 70. E isso extrapola sua época.

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Entre as surpresas da nova tiragem, estão duas faixas bônus, com as participações do baixista Arismar do Espírito Santo e da filha do pianista, a atriz Thalma de Freitas.

— Na época, eu compus Laranjeira para a Thalma, quando a Piki [empresária e esposa] estava grávida dela. Foi um trabalho especial em família, com minha filha cantando algo que foi feito para ela ainda na barriga...

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Para saber mais sobre o relançamento, o R7 conversou com Laércio de Freitas.

R7 — Por que você resolveu relançar Laércio de Freitas e o Som Roceiro em CD?

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Laércio de Freitas — A ideia surgiu quando Max de Castro comentou com Piki que encontrou meu disco sendo vendido na Europa por um valor bem alto. E nós ficamos de boca aberta. Aí, voltamos a prestar atenção nesse trabalho.

Laércio faz sucesso na gringa
Laércio faz sucesso na gringa Laércio faz sucesso na gringa

R7 — E esse disco tem sido celebrado como um trabalho inovador pela nova geração.

Laércio de Freitas — Foi uma surpresa! É ótimo saber que um disco gravado há 45 anos ainda traz interesse, principalmente, pelos mais jovens. O caráter genuíno da época impulsionou essa gravação. Ele traz a essência de questões existenciais da juventude, como querer inovar, misturar ritmos e conceitos. Também tem a coisa da liberdade, da espontaneidade, que estava muito forte nos anos 70. E isso extrapola sua época.

R7 — Quais são suas lembranças da gravação desse disco?

Laércio de Freitas — Com o sucesso da música Capim Gordura, o Durval Ferreira [compositor e produtor] se interessou em gravar um LP. E, a coisa mais interessante, é que todos ali eram amigos. O coro desta gravação é a mostra da nossa amizade e comunhão no som. O Emílio Santiago, o próprio Durval, o Esdras... E tem uma parceria muito boa com o Luis Roberto que vinha d’Os Cariocas.

Laércio acompanha a filha, a atriz Thalma de Freitas
Laércio acompanha a filha, a atriz Thalma de Freitas Laércio acompanha a filha, a atriz Thalma de Freitas

R7 — Com surgiu a ideia das faixas adicionais do CD com Arismar do Espírito Santo e sua filha, Thalma de Freitas?

Laércio de Freitas — Bosque dos Jequitibás é uma canção que eu sempre tocava com o Arismar em reuniões na casa dele. Então, quando surgiu a ideia de colocar duas faixas bônus, pensei logo nessa música. Ficou um trabalho lindíssimo. Depois, pensamos em Laranjeira, que eu compus com o Luis Ceará para a Thalma, quando a Piki estava grávida dela. Agora, aproveitamos que a Thalma estava no Brasil (atualmente, ela vive em Los Angeles) e registramos isso. Foi um trabalho especial em família, com minha filha cantando algo que foi feito para ela ainda na barriga...

R7 — Falando em Thalma, o que você acha do talento dela como atriz e cantora?

Laércio de Freitas — Eu sou pai, então amo tudo o que ela faz. Nem digo isso muito pra ela, mas sou muito fã. Eu a acho talentosíssima.

"Meu disco tem a liberdade que estava muito forte nos anos 70. E isso extrapola sua época"

(Laércio de Freitas)

R7 — Vocês tem planos de lançar mais um CD com a Thalma?

Laércio de Freitas — Sim. Já gravamos um disco juntos: eu no piano, Bebeto no baixo e Wilson das Neves de bateria. Mas muita gente cobra para que façamos um novo trabalho. Provavelmente faremos, pois vontade é o que não falta. E ela também tem composições belíssimas em parceria com João Donato... muita coisa boa pode sair daí! É aguardar.

R7 — E quais são os planos para o futuro? Você vai sair em turnê comemorativa?

Laércio de Freitas — Eu quero gravar um disco que está na minha mente há pelo menos dois anos. E, quanto a sair em turnê, é uma ideia que está em pauta. Espero que 2018 seja um ano inteiro de comemorações!

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