Serviço de streaming remove mais de 75 milhões de músicas feitas por IA
Companhia destacou que o combate a conteúdos fraudulentos serve para proteger royalties e manter a confiança na plataforma
Música|Do R7
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Uma das mais populares plataformas de streaming de música anunciou na quarta-feira (24) que retirou mais de 75 milhões de faixas classificadas como “spam”, geradas por inteligência artificial (IA), nos últimos 12 meses. A companhia afirmou que vai reforçar políticas de combate a conteúdos criados de forma fraudulenta na plataforma.
Segundo o Spotify, o objetivo é proteger os artistas e garantir transparência aos ouvintes. A empresa afirma que a tecnologia de IA facilita a criação de deepfakes vocais e a clonagem de vozes de artistas sem autorização, além de possibilitar envios em massa de conteúdo e manipulação de buscas por algoritmos.
“Enquanto a IA muda a forma como parte da música é feita, nossas prioridades permanecem as mesmas. Estamos investindo em ferramentas para proteger a identidade dos artistas, aprimorar a plataforma e oferecer mais transparência aos ouvintes. Apoiamos a liberdade criativa dos artistas no uso da IA, ao mesmo tempo em que combatemos ativamente seu uso indevido por fazendas de conteúdo e fraudadores”, afirmou o vice-presidente e chefe de produto musical, Charlie Hellman.
O Spotify detalhou ainda três frentes de ação. A primeira é o reforço na aplicação de violações por imitação, que identifica e remove clones vocais não autorizados, deepfakes ou outras formas de replicação de vozes de artistas. A segunda é um novo sistema de filtragem de spam, que detecta duplicações, envios em massa e manipulação de SEO, impedindo a recomendação e monetização dessas faixas. A terceira é a divulgação de uso de IA nos créditos das músicas, seguindo o padrão da DDEX (organização de padrões musicais), que permite indicar quando vocais, instrumentação ou mixagem foram gerados por IA.
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A plataforma de streaming esclareceu que não pretende punir artistas que usam IA de forma autêntica e transparente. Um exemplo citado é a banda fictícia The Velvet Sundown, cujas músicas geradas por IA e creditadas corretamente seguem disponíveis na plataforma. Charlie Hellman explicou: “Se houver grupos que estão usando IA de forma autêntica e transparente, isso é uma coisa. Mas se alguém decidiu não creditar, mesmo com essa possibilidade, é outra”.
O Spotify destacou que o combate a conteúdos fraudulentos com IA é parte de uma estratégia contínua para proteger royalties e manter a confiança na plataforma. “O futuro da indústria musical está sendo escrito, e acreditamos que proteger de forma agressiva contra os piores usos da IA generativa é essencial para liberar seu potencial em benefício de artistas e produtores”, afirmou a empresa.
As mudanças entram em vigor imediatamente, com o filtro de spam sendo implementado de forma gradual e a política contra personificação de vozes começando a valer a partir desta quinta-feira (25).
Perguntas e Respostas
Qual foi a recente ação do Spotify em relação a músicas geradas por inteligência artificial?
O Spotify anunciou que retirou mais de 75 milhões de músicas classificadas como "spam", geradas por inteligência artificial, nos últimos 12 meses. A empresa também afirmou que vai reforçar suas políticas de combate a conteúdos criados de forma fraudulenta na plataforma.
Qual é o objetivo do Spotify ao remover essas músicas?
O objetivo é proteger os artistas e garantir transparência aos ouvintes. A empresa destacou que a tecnologia de IA facilita a criação de deepfakes vocais e a clonagem de vozes de artistas sem autorização, além de permitir envios em massa de conteúdo e manipulação de buscas por algoritmos.
O que disse Charlie Hellman sobre o uso de IA na música?
Charlie Hellman, vice-presidente e chefe de produto musical do Spotify, afirmou que, enquanto a IA muda a forma como parte da música é feita, as prioridades da empresa permanecem as mesmas. Ele mencionou que estão investindo em ferramentas para proteger a identidade dos artistas e combater o uso indevido da IA por fazendas de conteúdo e fraudadores.
Quais são as três frentes de ação que o Spotify detalhou?
A primeira frente é o reforço na aplicação de violações por imitação, que identifica e remove clones vocais não autorizados. A segunda é um novo sistema de filtragem de spam, que detecta duplicações e envios em massa, impedindo a recomendação e monetização dessas faixas. A terceira é a divulgação do uso de IA nos créditos das músicas, seguindo o padrão da DDEX, que permite indicar quando vocais ou instrumentação foram gerados por IA.
O Spotify pretende punir artistas que usam IA de forma autêntica?
Não, o Spotify esclareceu que não pretende punir artistas que usam IA de forma autêntica e transparente. Um exemplo citado foi a banda fictícia The Velvet Sundown, cujas músicas geradas por IA e creditadas corretamente permanecem disponíveis na plataforma.
Qual é a estratégia do Spotify em relação ao combate a conteúdos fraudulentos?
O combate a conteúdos fraudulentos com IA é parte de uma estratégia contínua do Spotify para proteger royalties e manter a confiança na plataforma. A empresa acredita que proteger de forma agressiva contra os piores usos da IA generativa é essencial para liberar seu potencial em benefício de artistas e produtores.
Quando as novas mudanças do Spotify entram em vigor?
As mudanças entram em vigor imediatamente, com o filtro de spam sendo implementado de forma gradual e a política contra personificação de vozes começando a valer a partir do dia 25.
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