Grimes fala sobre uso de IA em “Artificial Angels”
Artista canadense lança “Artificial Angels” e comenta os limites entre inovação tecnológica e expressão humana na música.
TMJ Brazil|Do R7
Nesta sexta-feira (17), a cantora Grimes utilizou suas redes sociais, mais especificamente seu perfil no X (antigo Twitter), para esclarecer rumores sobre o uso de inteligência artificial em suas músicas. A artista acaba de lançar seu mais novo single, “Artificial Angels”, e, diante das especulações, decidiu se pronunciar diretamente sobre o assunto, explicando de forma detalhada qual é o papel da IA em seu processo criativo.
Em sua publicação, Grimes esclareceu que a presença de inteligência artificial em “Artificial Angels” é mínima e que, apesar de reconhecer o potencial da tecnologia, ela prefere manter o controle artístico de sua obra. A cantora afirmou que acredita no equilíbrio entre a inovação tecnológica e a autenticidade criativa, deixando claro que seu novo trabalho não foi produzido de forma automatizada:
“A única IA na música é a voz no começo e no final. Sou contra o uso de IA na música em algumas formas. Acho que ela pode ser útil para certas coisas. Não tenho muito interesse em usá-la apenas para fazer música normal.”
Na sequência, Grimes aprofundou seu posicionamento, explicando que o uso da inteligência artificial em seu trabalho está mais relacionado à experimentação sonora e ao avanço técnico do que à substituição do elemento humano na criação musical. Segundo ela, a ferramenta pode contribuir para aprimorar aspectos específicos da produção, mas não deve ser usada como um atalho criativo:
“Ela só é útil para mim em design de som inovador ou experimental. Ou talvez para coisas técnicas mais avançadas, como remoção de ruído de fundo, etc. Fora isso, temo que o uso atual esteja um pouco voltado para a preguiça, o que me parece o oposto de inovação.”
O lançamento de “Artificial Angels” marca o primeiro single de Grimes desde “idgaf”, divulgado em 23 de fevereiro deste ano. Conhecida por sua estética experimental, pela fusão entre arte, tecnologia e cultura pop, a artista não lança um álbum completo desde 21 de fevereiro de 2020, quando apresentou o disco “Miss Anthropocene”, composto por 15 faixas e com cerca de 1 hora e 7 minutos de duração.