‘Modão É Sempre Modão’ celebra raízes de Edson e Hudson
A dupla conversou com o TMJBrazil sobre o projeto audiovisual recheado de clássicos que marcaram época
TMJ Brazil|Do R7

Na última quinta-feira (26), Edson e Hudson conversaram com o TMJBrazil sobre o lançamento de Modão É Sempre Modão, seu primeiro álbum desde 2023.
No novo projeto, os Irmãos Cadorini mergulham fundo em uma espécie de baú de recordações e dele emergem reinterpretando, a seu modo, obras de nomes como os de Rolando Boldrin, Milionário & José Rico, Chitãozinho & Xororó e Trio Parada Dura, dentre muitos outros responsáveis pela pavimentação do solo fértil da nossa música sertaneja.
“Nós escolhemos que mais de 30 músicas, a dificuldade, não foi escolher o repertório. A dificuldade foi escolher o que iria pro DVD. São músicas que a gente gosta de cantar. O nosso pai ensinou a gente a cantar exatamente com essas músicas. E que fizeram muito sucesso na época.”, conta Hudson.
As músicas lançadas no projeto, farão parte de um bloco especial no show que eles estão rodando o país. Eles pensam em levar o show Modão é Sempre Modão para teatros.
“Pensamos em um show com mesas e as pessoas sentadas. Com conforto legal, num ambiente gostoso, que seria em teatros. Um local que dê estrutura para realizar esse show. Que posso colocar um cenário mais orgânico”, completa Edson.
Vale destacar que a dupla se prepara para se apresentar na 70ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, no dia 30 de agosto, onde farão o show especial Barretão 70tão. De 28 de novembro a 1 dezembro, dando continuidade à celebração, o Navio Barretos 70 anos contará com o show da dupla.
Edson revelou que o projeto para terem um show próprio em alto-mar, em um Navio já está sendo idealizado.
“A gente já tá conversado já com o pessoal da Promoação e a próxima novidade, que já falei para um monte de gente, é o navio do Edson & Hudson. Porque afinal de contas, esse amor é azul, como o mar azul”, disse.
“Este ano, estamos tendo o privilégio de sermos os patronos do tema da festa de 70 anos, que é uma música que eu fiz, juntamente com os parceiros. E acabou que virou o tema da festa e o show especial do segundo sábado será Edson e Hudson, Cesar Menotti e Fabiano e Rio Negro e Solimões. O Jorge & Mateus também abrindo esta noite e com uma surpresa que a gente não pode falar”, conta Edson.
Rico em standards que abordam temas como a saudade e a vida no campo, o trabalho teve sua primeira amostra disponibilizada ao público no último dia 5, quando o single Pinga Ni Mim chegou ao streaming. Escrita por Elias Filho e nacionalmente conhecida pela voz de Sérgio Reis, a música, cantada pela dupla desde a infância – quando ainda eram chamados de Pep e Pup -, ganhou uma emocionante e nostálgica versão, bem ao estilo modão.
“Se eu pudesse voltar no tempo, eu falaria para mim mesmo: ‘nunca deixe de acreditar nos seus sonhos’ e foi o que a gente fez, porque motivo para desistir, a gente teve vários, porque nós fomos a dupla que mais demorou pra fazer sucesso, porque nós começamos a cantar muito cedo. E a gente imaginava pelo sucesso que já fazíamos quando criança que era só gravar um disco, que a gente ia estourar… essa oportunidade não aconteceu. Depois vem a adolescência, que a gente também achou que tava perto ali de acontecer e não aconteceu. O sucesso chegou com a música Azul em 2002”, afirmou Hudson, referindo-se aos desafios do início da carreira. “A palavra é resiliência“, completa Edson.
Mas a releitura de Sérgio Reis é somente a ponta do iceberg. No repertório do álbum, muitas outras pérolas são desenterradas, como, por exemplo, Merceditas (Merceditas), de Belmonte e Ramón Sixto Ríos, que também tem enorme importância na história da dupla. Como parte da divulgação do projeto, os irmãos estão lançando vídeos no formato podcast, onde comentam cada faixa e que está sendo liberado aos poucos no canal da dupla no Youtube.
Faixa que nomeia o álbum, Modão É Sempre Modão, composta por Cidão, Ivan Lobo e Praiano, também se destaca entre as demais por sua beleza e tradição e, sobretudo, por celebrar a autenticidade do gênero que, de acordo com um trecho de sua letra, “mistura amor e saudade, transforma em canção sem perder a identidade e sem prazo de validade”.
E os tributos ao passado não param por aí. Fogão de Lenha, de Carlos Colla, Mauricio Duboc e Xororó, uma das obras sertanejas mais bonitas de todos os tempos segundo Hudson, está entre eles, assim como Homem de Pedra, de Correto e Creone, com sua pegada dramática e potente, e Sonho de um Caminhoneiro, de Chico Valente e Mugango, que representa o cotidiano do homem simples e trabalhador do interior.
Não podem ser esquecidas, ainda, as duas faixas bônus que farão parte da versão De Luxe do projeto. São elas Galopeira, de Mauricio Cardozo e Pedro Bento, e o Pout-porri de Modas e Violas, composta por Pagode em Brasília, de Teddy Vieira e Lourival dos Santos; Empreitada Perigosa, de Jacozinho e Moacyr dos Santos, e Morena Bonita, de Barrinha.
Embora tenham viajado no tempo para selecionar as 23 faixas que fazem parte do álbum, Edson e Hudson não precisaram ir muito longe para registrá-lo. Imersos em um bucólico sítio localizado no interior de São Paulo, onde vivem, eles encontraram no silêncio do campo o refúgio perfeito para a produção, que foi dirigida musicalmente pelo próprio Hudson, teve direção de vídeo de Fábio Lopes (Hit Music Business) e participações luxuosas dos músicos Vitor Cadorini (Violões), filho de Edson e sobrinho de Hudson; Nésio Sanfoneiro (Acordeon), Rafa Baterah (Percuteria), Lucas Xokito (Baixo acústico) e Orlan Charles (Flauta).
Vale lembrar que figurando a prateleira de grandes obras de releituras da dupla, que já conta com outras do gênero, (Na Moda do Brasil, de 2007; Na Hora do Buteco, de 2013, e Amor + Boteco, gravado em 2019),
“O Modão é Sempre Modão foi feito com muito carinho. É uma forma singela da gente homenagear a nossa verdadeira música sertaneja, e eu tenho certeza que todo mundo vai gostar. Tem algumas músicas que a galera pode ouvir que elas vão gostar bastante, que é Rastros na Areia, Vide Vida Marvada, Fogão de Lenha, Metade de Alguém, vocês vão se impressionar com essas músicas. Espero que vocês curtam, sem moderação. É pro churrasco, pra família, pra unir os amigos e pra curtir momentos de muita felicidade”, finaliza Hudson.
A dupla Edson e Hudson fez o lançamento da faixa Pinga Ni Mim do projeto “Modão é sempre modão”.
Escrita por Elias Filho na década de 80, Pinga Ni Mim nasceu após uma brincadeira de bar onde o autor ouviu a seguinte frase: “pinga ni nóis”. Pronto, era o caminho que ele precisava para escrever um dos mais importantes clássicos da música sertaneja.
Pinga Ni Mim faz parte das memórias afetivas de Edson e Hudson. Por esta razão, atribuíram a faixa ao repertório primoroso de Modão é sempre modão que certamente entrará para a galeria de sucessos de releituras dos irmãos.
Modão é sempre modão tem a direção musical assinada por Hudson Cadorini e direção de vídeo de Fábio Lopes/Hit Music Business. Nele, Edson e Hudson mergulharam fundo ao interpretar 23 obras imortais de artistas como Rolando Boldrin, Tião Carreiro & Pardinho, Duduca & Dalvan, Zico & Zeca, Trio Parada Dura, Milionário & José Rico, Chitãozinho & Xororó e Zezé di Camargo & Luciano.
Confira: