Novo ‘Hyrule Warriors’ tem jogabilidade excelente e história que deixa a desejar
Apesar de não fazer parte da franquia principal de ‘Zelda’, eventos estão profundamente interligados com ela por anteceder ‘Tears of the Kingdom’
Games|Leonardo Devienne*
LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

A série Hyrule Warriors não é um jogo tradicional de Zelda. Ao invés de explorar um mapa enorme cheio de segredos e masmorras, a ação principal é enfrentar hordas com mais de 100 inimigos de uma só vez, característica de um gênero de games conhecido como Musou.
Baseando-se na história do jogo principal Tears of the Kingdom, Age of Imprisonment transporta Zelda para o reino de Hyrule em sua fundação, há mais de 10 mil anos.
Aspectos de história
O principal aspecto deste título é contar o conflito que aconteceu justamente nos dias iniciais de Hyrule: a Guerra de Aprisionamento. Repassada de forma passageira em Tears of the Kingdom, o jogador é transportado para uma era que virou lenda.
Uma premissa empolgante para os veteranos da franquia que é atropelada brutalmente pela priorização da jogabilidade em detrimento da história. As cenas só aparecem entre algumas missões de luta e não revelam pontos desconhecidos sobre o conflito de milênios, ficando apenas no que já foi contado, mas desta vez mostrando o rosto de certas figuras, como os Sete Sábios.

A jogabilidade de lutar contra vários inimigos ao mesmo tempo é fortalecida pelo poder de processamento do Switch 2. Se os jogos no Switch 1 tinham dificuldades em manter 30 quadros por segundo, Age of Imprisonment fica confortável na faixa dos 60.
Ainda que tenha quedas pontuais, elas não criam um impedimento maior para a qualidade do jogo. A definição do jogo também é estável, colaborando na nitidez visual essencial para diferenciar as hordas de inimigos.
Jogabilidade
As lutas constantes podem parecer entediantes após um tempo, como em outros jogos semelhantes. Após duas horas de jogo, é possível sentir a mesmice de apertar os mesmos botões contra inimigos parecidos.
É a partir do início da guerra propriamente dita que os combates exigem mais estratégia, ao invés de jogar sem pensar, com chefes que precisam de ataques ou elementos (fogo, gelo, eletricidade) específicos para expor seus pontos fracos, e o desbloqueio de novos personagens.

Os ataques também são altamente customizáveis. Bebendo na fonte da engenharia de Tears of the Kingdom, diversos dispositivos Zonai, como lança-chamas, bombas e hidrantes, podem ser incorporados às habilidades comuns de cada um deles.
O Constructo Misterioso, que faz o papel de Link em um jogo onde sua presença seria impossível, é o mais personalizável de todos. Bombas? Braços retráteis? Emissores de gelo? Escolha todas as opções anteriores.

Considerações finais
Apesar de ter um enredo que cumpriu pouco do prometido, a jogabilidade complexa de Age of Imprisonment consegue compensar em qualidade técnica. As extensas possibilidades de combinações de golpes e guerreiros conseguem superar as limitações técnicas de outros títulos do gênero.
Hyrule Warriors: Age of Imprisonment está disponível para o Nintendo Switch 2 e tem o preço sugerido de R$ 439,90.
*Sob supervisão de Lello Lopes
