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Com elenco invejável e união dos contos de fadas, Caminhos da Floresta garante risadas e faz refletir

Musical tem cenas engraçadas e ótimas atuações 

Pop|Felipe Gladiador, Do R7

Meryl Streep é uma bruxa malvada em Caminhos da Floresta
Meryl Streep é uma bruxa malvada em Caminhos da Floresta
James Corden, Emily Blunt e Daniel Huttlestone
James Corden, Emily Blunt e Daniel Huttlestone
Anna Kendrick interpreta uma divertida Cinderela
Anna Kendrick interpreta uma divertida Cinderela
Johnny Depp não convence como Lobo Mau
Johnny Depp não convence como Lobo Mau

É preciso começar este texto dizendo algo bastante óbvio: Meryl Streep é uma das melhores atrizes da história do cinema! Assim mesmo, sem parecer exagerado. Quando vi que a maior indicada ao Oscar de todos os tempos estava mais uma vez entre os selecionados para as premiações deste ano, confesso que bateu aquela dúvida. Será que ela merece?

É claro que o talento de Meryl já é mais do que reconhecido e indiscutível a esta altura do campeonato, mas ela é tão queridinha de público e crítica que pensei que a indicação por Caminhos da Floresta fosse apenas por se tratar da atriz, porque uma atuação apenas “ok” da veterana consegue ser melhor que a de muito ator por aí que acha que está arrasando ao fazer milhares de caras e bocas.

Quando assisti ao novo filme da Disney, percebi que, realmente, Meryl merece mais essa indicação para sua invejada coleção. Esta é a melhor atuação da carreira dela? Não mesmo. É uma das melhores? Também não. Acontece que a veterana parece ter o dom de transformar um papel que poderia ser comum nas mãos erradas em algo interessante, chamativo. E não tem como, ela rouba a cena com facilidade. Sua personagem é a grande vilã da trama, mas tem momentos cheios de emoção, além de um humor irônico bem divertido.

Meryl vive uma bruxa que amaldiçoa a família do padeiro da cidade, interpretado pelo hilário James Corden. Por conta disso, ele e sua mulher (a excelente Emily Blunt) não podem ter filhos. A bruxa então diz que pode reverter sua maldição se o casal lhe trouxer algumas relíquias e é aí que o filme começa a misturar os contos de fadas de maneira engraçada, já que cada item desejado está com um personagem de histórias diferentes, como Chapeuzinho Vermelho e Cinderela.


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Além do destaque para Meryl Streep, a britânica Emily Blunt dá show como a mulher do padeiro. Carismática, a atriz transmite uma naturalidade fundamental para que seu papel não pareça absurdo, num filme com tanta magia, feitiços, criaturas e afins. E ela também é uma das vozes mais belas da produção. Não lembro de ter visto a atriz cantando antes, mas fiquei impressionado com seu talento.


A história é adaptada da peça de mesmo nome, que ganhou o Tony Awards, o Oscar do teatro americano, e dividiu opiniões. Alguns fãs gostaram da adaptação, outros não concordaram com alguns dos cortes e mudanças realizados pelo diretor Rob Marshall, que esteve por trás de filmes como o premiado Chicago e o quarto Piratas do Caribe. O roteiro é interessante e prende a atenção, mas conta com alguns “buracos”, como sumiço de personagens sem explicação e desfechos meio sem sentido. Nada que atrapalhe a diversão do longa, mas que pode incomodar os mais detalhistas.

O grande trunfo de Caminhos da Floresta é seu humor. As piadas que os personagens de contos de fadas fazem com suas próprias histórias são muito boas. Em determinado momento, Chapeuzinho Vermelho fica chocada ao ver que Cinderela consegue falar com os pássaros e a graça da cena está na ironia de que a garotinha conversa com um lobo. Genial!


A Cinderela indecisa de Anna Kendrick também garante boas cenas, assim como as crianças Lilla Crawford e Daniel Huttlestone, a Chapeuzinho Vermelho e o João do pé de feijão. Outras que rendem altas risadas são a madrasta e as irmãs megeras de Cinderela, vividas por Christine Baranski, Tammy Blanchard e Lucy Punch.

Talvez o único “deslocado” no elenco seja Johnny Depp, o Lobo Mau. A participação do ator é pequena e sem graça. O grande problema é que você não consegue enxergar o Lobo Mau, mas sim o Johnny Depp interpretando o Lobo Mau. Cheio de maneirismos, o ator acaba parecendo com diversos personagens que fez no passado.

Produção impecável

Caminhos da Floresta é um musical e até agora não falei, justamente, sobre as músicas. Algumas delas são muito boas e necessárias para a história, como I Wish, poderosa abertura do filme que fala dos desejos de cada personagem e No One Is Alone, lindamente interpretada por James Corden e Emily Blunt. A melhor canção e interpretação, olha só que surpresa, ficou com Meryl Streep e a emocionante Stay With Me. Agora, vale ressaltar que algumas das músicas, como Agony, cantanda pelos príncipes encantados vividos por Chris Pine e Billy Magnussen, são insuportáveis e até dispensáveis.

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Os cenários, figurinos e todo o visual do longa são deslumbrantes. O filme está indicado a três Oscars: Melhor Atriz Coadjuvante para Meryl Streep, Melhor Figurino e Melhor Design de Produção. Fiquei surpreso que não tenha conseguido indicação na categoria de Maquiagem, já que este é outro elemento muito bem executado.

Trazendo mais uma distorção dos contos de fadas, que é tendência em Hollywood há algum tempo, e sabendo tirar sarro de si mesmo, o filme fica mais leve e divertido. Caminhos da Floresta é um ótimo filme que, apesar de ter alguns pequenos erros, deve agradar a pessoas de diversas idades, já que algumas piadas são mais adultas e as reflexões propostas são interessantes. O conhecido "cuidado com o que você deseja" é destrinchado de maneira a fazer o público pensar sobre inúmeros temas e até mesmo questionar as fábulas originais contadas para as crianças. Mais uma sacada bem legal vinda da Disney.

Assista abaixo a um trecho exclusivo de Caminhos da Floresta!

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