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Diretor pede a astros de Bollywood que quebrem o silêncio sobre lei de cidadania

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Por Shilpa Jamkhandikar

MUMBAI (Reuters) - Um dos principais diretores de Bollywood pediu a três dos maiores astros da indústria que quebrem o silêncio sobre uma nova lei de cidadania que é alvo de protestos na Índia, afirmando que eles podem ser capazes de influenciar milhões de fãs.

Ao menos 21 pessoas morreram desde que multidões foram às ruas protestar contra uma legislação apresentada pelo governo nacionalista Hindu que o críticos dizem ser discriminatória em relação aos muçulmanos.

A violência e a agitação política em torno do assunto se tornaram um dilema para uma indústria cinematográfica dominada por atores, diretores e operários muçulmanos, mas com forte apelo sobre a população Hindu predominante.

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Apenas um punhado de personalidades se posicionaram publicamente contra a lei e os episódios violentos, alguns em manifestações em Mumbai, onde fica o coração de Bollywood. No entanto, nenhuma de suas três estrelas principais – Aamir Khan, Salman Khan e Shah Rukh Khan – fizeram declarações públicas. Os três são muçulmanos.

“Estou com muita raiva de qualquer um que não tenha se posicionado”, disse à Reuters o diretor Anubhav Sinha, um crítico do primeiro-ministro Narendra Modi.

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“Esses três atores e seus fãs e seguidores são algo fora do comum. Uma palavra deles pode influenciar milhões”, acrescentou Sinha, que dirigiu Shah Rukh Khan no filme “Ra One”, de 2011.

Ele disse não importar o que digam sobre a lei ou a violência, contanto que contribuam para o debate. “Não estou dizendo que devem concordar comigo ou com os outros. A opinião deles pode ser oposta à que temos.”

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Nenhum dos três Khans, que não são parentes, respondeu a pedidos de comentário feitos pela Reuters.

Especialistas na indústria cinematográfica indiana afirmam que a falta de posicionamento por parte dos maiores nomes do ramo ressalta a ampla diferença cultural em relação a Hollywood, onde os atores com frequência assumem posições políticas e criticam o governo.

“Na América, (o presidente Donald) Trump não pode usar a máquina do governo para perseguir atores que discordem dele, mas aqui, esse medo está bastante presente”, disse à Reuters o jornalista e crítico Rajeev Masand.

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