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Avril Lavigne não inova, mas garante show eletrizante aos fãs de São Paulo

Cantora é fiel à sua essência e faz apresentação recheada de grandes sucessos

Jovem|Felipe Gladiador, Do R7

Há cerca de 12 anos, uma linda skatista adolescente conquistava o mundo com seu primeiro CD. Nesta terça-feira (29), a mesma garota se apresentou em São Paulo. Pelo menos foi essa a impressão quando Avril Lavigne subiu ao palco. Já virou até piada na internet, mas perto de completar 30 anos, a cantora parece não envelhecer. O público de Avril também parece se renovar com os anos. Muitos adolescentes tomaram o Citibank Hall ao lado de alguns fãs das antigas, que estão em seus 20 e poucos anos.

Quando o show se inicia, o rosto do roqueiro Marilyn Manson surge nos telões. Esse é o sinal para Avril entrar ao som de Bad Girl, sua parceria com o veterano. A partir daí, a loirinha desfila alguns de seus hits mais recentes como Smile, What The Hell e a sugestiva Here’s To Never Growing Up, algo como “Um brinde a não crescer”.

Criticada recentemente por se mostrar sem ânimo no palco, Avril respondeu da melhor maneira possível: com muita empolgação. A canadense não parava quieta, pedia que a plateia participasse com palmas e outros gestos, além de sorrir sem parar. É como se Avril estivesse mostrando o poder dos fãs brasileiros em sua animação, já que somos sempre muito apaixonados.

Depois de várias canções agitadas, Avril guardou espaço para baladas emotivas como When You’re Gone, Nobody’s Home e I’m With You, que foram muito boas para mostrar seu potencial vocal. A cantora tem voz bem fina e poderia facilmente soar infantil, mas sabe usá-la de maneira correta e impressiona.

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Quanto ao visual, Avril fez uma mistura de referências. Usou chifrinho, saia de bailarina preta, laço vermelho na cabeça, mas sempre com o toque “rock glam” característico de suas produções. Todas as peças, no entanto, deixam ainda mais forte a impressão de viagem no tempo. Apesar de estar mais “patricinha” que no passado, Avril continua fiel a seu estilo.

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Musicalmente falando, as novas canções também se misturam perfeitamente aos clássicos. Com apostas mais ousadas como a eletrônica Hello Kitty, ela tenta se distanciar e mostrar novas facetas, mas não dá para tirar a impressão de que o som de Avril ainda tem aquela “vibe” do início dos anos 2000. Um prato cheio para os saudosistas, mas um banho de água fria para quem espera coisas realmente novas.

Apesar de estar animada e sorrindo muito, Avril interagiu pouco com a plateia. Agradeceu ao amor dos brasileiros, mandou um “eu te amo, Brasil” e nada além disso. Avril, conversa mais com a gente! O maior momento de interação veio quando ela fez um divertido jogo em que pedia para as pessoas gritarem quando levantava os braços e que ficassem em silêncio quando os abaixasse.

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Esperta, a beldade guardou o melhor para o final. Seus primeiros sucessos, como Sk8er Boi e Complicated foram cantados em alto e bom som pelos fãs. A já citada Hello Kitty também foi comemorada com entusiasmo, mas nada podia preparar os ouvidos para Girlfriend. Os gritos eram insanos! O hit divisor de águas na carreira de Avril encerrou o show e levou todo mundo à loucura.

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Sem chuva de papel picado, sem explosões e apenas agradecendo rapidamente, Avril saiu do palco. Os fãs sentiram falta de músicas como Hush Hush, além do tema do filme Alice no País das Maravilhas e Let Me Go, canção que ela gravou com o marido Chad Kroeger, vocalista da banda Nickelback, mas tudo perdoado devido a essa bela apresentação.

O CD mais recente de Avril leva apenas seu nome como título, o que é bastante característico quando falamos de uma artista como ela, que se mantém fiel a suas origens, à sua essência. Alguns acham que Avril tem a "síndrome de Peter Pan" e que se recusa a crescer. Outros pensam que Avril Lavigne está parada no tempo, presa a uma fórmula de sucesso sem conseguir se renovar. Pode ser que isso seja verdade, mas os muitos fãs mais novinhos vão contra isso. Fica claro com apresentações como esta em São Paulo que, assim como o tempo parece não passar em nenhum sentido para ela, seu talento e seus fãs levarão sua carreira adiante por muitos anos ainda. A linda skatista adolescente agora é uma linda mulher casada de quase 30 anos e a pergunta é: isso muda alguma coisa? Como diria um trecho de uma das músicas de Avril "Let em know that we're still Rock n' Roll". Deixe que eles saibam que nós ainda somos do Rock n' Roll.

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