Com gritos, adolescentes ficam apavorados na Hora do Horror do parque Hopi Hari
Com foco na segurança, parque faz 13ª edição do evento temático de Dia das Bruxas
Jovem|Por Miguel Arcanjo Prado, editor de Cultura do R7
Adolescentes ensandecidos descem os corredores labirínticos do parque Hopi Hari, em Vinhedo, a uma hora da capital paulista. Fogem em desabalada carreira dos monstros que povoaram sua infância tão recente, agora ali diante deles. No rosto, carregam expressão que mistura medo e excitação.
Eles participam da 13ª edição da Hora do Horror, que ganhou o tema Histórias para Você Não Dormir, com ícones dos contos de fadas em versões monstruosas.
Mais de 5,5 milhões de pessoas já participaram do evento de Halloween nos últimos 12 anos. A expectativa de público para esta edição – aberta no último dia 15 e que vai até 31 de outubro, o Dia das Bruxas – é de 550 mil pessoas. O parque não revela o valor do investimento.
Veja galeria de fotos da Hora do Horror do Hopi Hari
Uma equipe de 350 profissionais – dos quais 40 são artistas residentes – transforma as noites do parque em cenário de filme de terror, com luzes apagadas, efeitos visuais, uma balada de música eletrônica com monstros DJs e, claro, muita diversão para quem está com a libido em riste.
“Segurança é motivo de alerta”
Apesar da festa, ainda é impossível falar em Hopi Hari sem recordar o acidente em fevereiro de 2012, quando a estudante Gabriela Nichimura, de 14 anos, morreu ao cair do brinquedo La Tour Eiffel, um elevador que faz o público despencar de quase 70 metros de altura. Em fevereiro deste ano, o parque indenizou a família em valor não revelado pela Justiça.
A diretora de marketing do Hopi Hari, Cristina Tuna, diz que “segurança sempre foi motivo de alerta no parque”.
— Sempre foi a cultura do Hopi Hari o foco na manutenção dos brinquedos e equipamentos. Todas as atrações são inspecionadas. Temos certificados internacionais de segurança. O Hora do Horror é um evento absolutamente seguro. O parque tem 14 anos de história e, infelizmente, tivemos esse acidente fatal, que lamentamos profundamente. Mas, posso garantir que segurança sempre foi e sempre será nossa prioridade. É absolutamente seguro vir ao Hopi Hari.
Interação com o público
Marcos Paulo Zambelli, gerente geral de conteúdo e experiência do Hopi Hari, explica que o grande charme da Hora do Horror “é a interação entre público e personagens”, apesar de os monitores pedirem insistentemente aos adolescentes que não toquem nos atores.
— É um grande espetáculo teatral com duas horas e meia de duração, com shows, coreografias e performances nas ruas do parque. Os monstros são ícones que estão no imaginário coletivo deles, de fácil identificação.
Gente como Branca de Neve, Cinderela, Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho e Joãozinho e Maria ganham versões assustadoras nas ruas do parque.
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Outros grandes atrativos são os espaços temáticos. Verdadeiros labirintos onde o público é enclausurado com os monstros. Lugares como o Castelo dos Contos, com nove salas cenográficas totalizando 400 metros quadrados. Ou a Casa dos Doces, com seis salas distribuídas em 320 metros quadrados. E ainda a Katakumb, impressionante construção de 800 metros quadrados que reproduz o templo egípcio de Ramsés 2º, com direito a 78 esculturas em tamanho real.
Cristina Tuna, diretora de marketing do Hopi Hari, diz que o parque concentra grande parte de suas energias no evento. Ela diz que, para participar, “tem de virar adolescente”.
— A maioria de nosso público tem entre 12 e 17 anos. O horror faz parte da magia, que os adolescentes adoram. Gostam de ficar com os olhos vidrados, sentir adrenalina e também paquerar.
Ela diz que o parque segue em busca de novas parcerias, para atrair mais público, como a já firmada com a Warner Bros, e a realização de festas, como a eletrônica Kaballah, com nova edição prevista para 2014, com dois dias de duração, e o Country Music, festival com estrelas sertanejas.
— O parque vai apostar no entretenimento para atingir outras comunidades.