LVMH quer comprar Tiffany para explorar crescimento do mercado de jóias
Pop|Do R7
Por Sarah White e Melissa Fares
PARIS/NOVA YORK (Reuters) - A LVMH propôs comprar a Tiffany & Co, conhecida por seus anéis de noivado e seus laços com o glamour de Hollywood, visando se expandir no setor de jóias, um dos que crescem mais rapidamente no mercado de bens de luxo.
Em um acordo que fortaleceria o menor de seus negócios e lhe daria uma fatia do lucrativo mercado dos Estados Unidos, a proprietária da Louis Vuitton e da Bulgari anunciou nesta segunda-feira que abordou a Tiffany a respeito de uma oferta sem compromisso e por iniciativa própria, mas não deu detalhes.
Confirmando a manobra, a Tiffany disse que a oferta foi de 120 dólares por ação, o que a faria valer quase 14,5 bilhões de dólares e representa um bônus de 22% em relação ao preço de fechamento do pregão de sexta-feira.
Investidores compraram grande quantidade de ações da empresa listada em Nova York em reação à notícia, o que as fez subir até 31% e atingir 130 dólares, seu maior valor em um ano, encaminhando-as para seu melhor desempenho diário desde que a companhia de 182 anos entrou na bolsa em 1987.
Vários analistas disseram que a Tiffany pode rejeitar a oferta para buscar um preço maior, o que pode desencadear uma batalha pelo controle da marca.
A LVMH disse não haver garantia de que as conversas preliminares resultarão em um acordo.
Analistas do Credit Suisse e da Cowen disseram que a Tiffany pode valer até 140-160 dólares por ação, e analistas da UBS estimam que a rica LVMH tem um caixa para fusões e aquisições de cerca de 44,4 bilhões de dólares.
As ações da Tiffany são avaliadas com grande desconto no setor norte-americano e europeu porque a empresa está sofrendo com uma queda de demanda de turistas chineses e a concorrência de rivais mais acessíveis, como a dinamarquesa Pandora e Signet Jewelers.
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(Additional reporting and writing by Sudip Kar-Gupta and Dominique Vidalon, editing by Josephine Mason, Jane Merriman and Dan Grebler)