Crônica da alegria de viver
Até onde sei|Eugenio Goussinsky
Alegria de viver é pisar na areia da Praia do Futuro, avistar o mar brilhante e ver, por de trás do horizonte, um outro mundo, outros continentes, o futuro.
Alegria de viver é correr livremente na companhia do pôr-do-sol. É beber água gelada, sentindo a brisa refrescante, após a corrida.
E depois fazer planos consistentes, inspirados, iluminados por uma força que se permitiu emergir de nosso interior.
Alegria de viver é conseguir seduzir com um sorriso.
É não depender do dinheiro e, ao mesmo tempo, ter o anseio e a confiança em ser o mais bem remunerado do mundo.
É sair falando tantas coisas interessantes, a fluírem como água límpida vinda da memória. E conseguir contagiar com essas palavras, cativar, comunicar algo, numa troca viva e contínua com o outro.
Alegria de viver é ter o lampejo na hora certa.
É se sentir como o herói de um lindo filme romântico ou de aventura.
É se ver reconhecido diante de si próprio.
É conseguir desculpar-se dos próprios erros.
É se fortalecer com os desafios. E poder ler um bom livro, tranquilo, por entre as pessoas que transitam ao redor.
Alegria de viver é conseguir ensinar e ter a permanente sede de aprender.
É ter a generosidade de dar e a humildade para receber. É chorar de saudade.
E se recolher no doce recanto da tristeza, tratando-a para que ela se acalme e se torne aprendizado.
Alegria de viver é ter a liberdade de ligar para a pessoa amada a qualquer hora.
E se reconciliar. E se recuperar. E se esquecer.
Alegria de viver é a irradiação em nós de todo o universo.
Alegria de viver é ver no olhar do filho a alegria de viver.
Alegria de viver, em francês, é joie de vivre. Em inglês, é hapiness of life. Em italiano, gioia di vivere.
Mas alegria de viver é ter você, alegria de viver, em todos os lugares, em todas as linguagens.
(Publicado inicialmente no blog lancamentolongo.blogspot.com.br)
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