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Psicopantas não usam psicotrópicos

Até onde sei|Carmen Farão

Adoro a palavra Portmentau. É gostoso falar, mesmo errado (portmêntôw em inglês), “pôrtmentô” com o erre puxado do francês. Uma palavra que significa a fusão de duas outras formando uma terceira é liberdade, ainda que tardia. Explico, vá: inventar, criar, imagens, sons ou histórias, imagens é bão, mas é bão demais! Ok, viagens à parte, voltemos à minha querida Porrrtmentô. Não moro na filosofia. Não rimo amor e dor. Embora a natureza humana faça uma força descomunal para que ambos os sentimentos caminhem juntos, sem dar as mãos. Quando acontece o contato físico, a dor, tadinha, rende-se como tudo. Mas o caminho até lá às vezes é árduo, difícil, e os frutos da verdade descortinada talvez nem possam ser aproveitados nesta existência. Se não houver outras... Pluft. Acabou-se tudo. Por isso, é importante questionar e fazer agora o que o bom senso permite. Temos que seguir regras para a boa convivência em sociedade, em comunidade. Está em toda a parte: na rotação da terra em sinergia com a lua, da lua com as marés, no zangão e na colmeia, no pólem, no codinome, no beija flor. Não dá pra sair por aí pelado pegando no que não devia porque o mundo está se acabando. Embora eu ache isso tudo interessante e tenha vontade de ver (o cinema está aí...) não pode acontecer.

A partir dessas impossibilidades, é um ponto de vista possível explicar a existência dos PSICOPANTAS. Os que não são sociopatas, mas tiram proveito único da organização social. Os que não são totalmente doentes, mas acreditam – e conseguem – dominar seu grupo. Os que criam, crêem e vivem de egolatria. Não fazem análise porque não precisam de nenhum “psicotonto” para lhe dizer o que fazer. Não discutem a relação porque, claro, estão sempre certos. Não abrem NENHUM jogo, porque TUDO para eles é jogo. TUDO é uma questão do EU vencer. TODAS as suas atitudes são para o bem de outrem, mas em benefício próprio, obviamente. Há que se levar vantagem em tudo, certo? Esta é a frase na bandeira do PISCOPÂNTANO, lugar de descanso dos nossos protagonistas de hoje. PSICOPANTAS são adoráveis. Depois de um tempo, repetitivos – já que não precisam de nenhuma informação nem crescimento, nascidos prontos que são – ficam chatos e sem graça. Aí os PSICOPANTAS abrem a janelinha e sai a vítima imcompreendida. Se colocam numa posição inferior, desgastada, sofrida, choram até, comovem os ouvintes que geralmente são de boa fé e sempre acreditaram nele. Depois, conta uma piada e tudo bem. Fica tudo bem, ou quase. Fica melhor pra ele, vá.

Nosso país caminha no Psicopântano há alguns anos. E não só só eles, aqueles e para eles. Somo nós seguindo o exemplo de líderes que deveriam ser admirados. Psicopantas não precisam de psicotrópicos.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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