Japinha em entrevista exclusiva: “Encontrei a minha paz”
Cantora está focada em sua carreira solo e já prepara novos projetos para o futuro em sua nova fase pessoal e profissional

Japinha, a cantora que se transformou em uma referência do forró, está em uma nova fase. Sua vida pessoal e profissional passou por mudanças e novos rumos se apresentam em sua carreira em 2025.
Sua trajetória iniciou aos 15 anos, quando ela cantava em bandas locais e se apresentando em feiras como a de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Durante uma dessas apresentações, a cantora chamou atenção do empresário da banda Conde do Forró, fazendo sucesso nacional com o sucesso Romance Desapegado. Em novembro do ano passado, a cantora deixou a banda e anunciou a assinatura do contrato com a D&E Music, agência conhecida por gerenciar grandes talentos da música brasileira, como Dilsinho, Viviane Batidão e Thiago Freitas.
A integração de Japinha, que deixou para trás o sobrenome artístico Conde em busca de desvincular sua imagem da antiga banda, aconteceu pouco tempo após a saída de Matheus Fernandes da empresa. Agora, a nova fase da sua trajetória musical vai de encontro à sua essência como artista, como ela mesma conta: “Esse é um momento muito especial pra mim, onde posso explorar novas possibilidades e me reinventar como artista. A D&E Music acredita no meu trabalho e, juntos, vamos realizar muitos sonhos,” contou.
Recentemente, Romance Desapegado ganhou uma nova versão. Lançada originalmente em 2020, a música foi um grande sucesso, viralizando nas redes sociais e ultrapassando 400 milhões de visualizações no YouTube em apenas dois meses. Na época, a faixa alcançou o segundo lugar no TOP 100 da plataforma no Brasil e entrou para a lista das 50 músicas mais virais do mundo.
Agora, com o novo videoclipe, Japinha resgata o hit que marcou sua trajetória, apresentando uma versão que une a leveza da composição original com a maturidade artística adquirida ao longo dos anos.
Entre seus trabalhos mais recentes, Japinha lançou o Arraiá da Japinha pela plataforma Sua Música, que reúne 15 faixas, entrereleituras de canções conhecidas do repertório junino além de inéditas como Geração Errada e uma colaboração com Samya Maia,antiga vocalista do Magníficos em Verdadeiro Amor. Agora, ela une seu talento com o da dupla Diego e Victor Hugo no mais recente single Meu Corpo Tem Memória, onde ela cria a conexão do forró com o sertanejo, gêneros que pulsam no coração do Brasil.
Em uma entrevista exclusiva ao Backstage, Japinha fala sobre a nova fase de sua vida, seus futuros projetos e afirma que agora, ela encontrou a paz que precisava.
Confira:

Marcelo de Assis: Japinha, eu gostaria de saber como que está a sua carreira agora e como que você está neste momento da sua vida, depois de tantas coisas que já aconteceram?
Japinha: “Cara, sinceramente, eu estou bem, estou feliz. Agora eu me casei recentemente, também não sei se vocês sabem, me casei. Agora estou com o escritório da D&E, que acreditou muito no momento que eu não estava nem acreditando em mim mesma. Eu estou feliz, estou contente. Isso é muito bom de ver, que pessoas que estão ali acreditando no. Seu trabalho acreditando no que vai dar certo, eu só tenho a dizer que estou muito feliz. Acho que isso é nítido, ver no rosto da felicidade. Está bem estampada aqui. Isso é muito bom, de você estar em um escritório onde você se sente 100% você mesma, onde você consegue ser escutada. Eles me escutam muito. Isso é muito bom, que era uma das coisas que eu precisava muito: ter uma equipe que, além de querer que o projeto desse certo, escutasse um pouco mais o artista, a pessoa, também o ser humano. Então, assim, graças a Deus, está indo muito bem, junto agora com a galera da D&E Music. Estou muito feliz!”
Marcelo de Assis: Qual o balanço que você pode analisar nesse momento com toda essa mudança na sua vida e o que você conseguiu extrair de positivo para essa sua nova fase?
Japinha: “Cara, eu consegui paz, muita paz. Já fazia muito tempo que eu não sentia essa paz, desde o dia que eu entrei na época do Conde. Eu não tinha essa paz e eu não me sentia eu mesma. Eu sentia que faltava alguma coisa ali, e agora, tendo essa, e isso é muito gostoso, sabe?”
Marcelo de Assis: Agora tem aí o trabalho com o Diego e o Vitor Hugo, ‘Meu Corpo Tem Memória’ Eu pergunto: como que foi unir o seu talento com o da dupla e a escolha dessa música? Como que foi todo esse processo?
Japinha: “Então, antes disso, eu tinha conhecido o Diego e o Vitor Hugo em 2021, acho, se não me engano. Não sei se foi 21 ou 22. Que foi num projeto da Casa Filtr, da Sony. E eu tive essa oportunidade de conhecer eles lá e tal. E na época eu acho que eles já estavam fazendo barulho com a música ‘Facas’ e a gente bateu um super bate-papo e tudo mais. Conheci também com vários artistas lá. Eu recebi essa música, que inclusive foi um dos meus sócios, que é o Daniel. E o Daniel mostrou essa música pra mim e eu falei: “Cara, que música boa E eu sou o tipo de pessoa que isso é nicho. Quem me conhece sabe que eu gosto muito de música romântica; amo música romântica. E, cara, eu vou ser bem sincera: quando eu escutei essa música, eu não imaginava que iria gravar com eles. Então, o meu sócio, o Daniel, falou assim O que você achou dessa música?” Aí, eu escutei: curti demais. É uma vibe totalmente diferente, né? Um sertanejo! Desde pequena, eu sempre gostei muito de sertanejo, né? Aí ele falou assim: “Vamos gravar Tá bom, vamos. Quando der, que não. Eu acho que ele fez um grupo. Não sei se antes ele conversou comigo. Eu não tô muito lembrada, mas eu lembro que ele fez um grupo e tava lá já tem dia de Vitor Hugo. Aí ele falou assim: “E aí, Japa, o que você acha?” Você ainda pergunta o que eu acho? Uma maravilha, eu quero muito. Quero muito gravar com eles. Eu tive essa oportunidade de conhecê-los na Casa Filtr. E claro que eu quero que eles gravem comigo. E claro que, se eles aceitarem, né? E graças a Deus, eles aceitaram. Claro, imaginei. Enfim, cara, a gente teve essa oportunidade de poder conversar mais, de conhecer de fato eles. Assim, os meninos são um monte de gente boa. São brincalhões. Misericórdia. Eu vou ser bem sincera. Eu tava em Goiânia e eu tava muito tensa porque é como se fosse tudo novo pra mim. Eu tava começando do zero, praticamente. Então, é normal. A gente fica com medo em todos os aspectos. Graças a Deus, a galera da D&E que tava lá, o Dudu, que é o produtor musical, né? Que ele é muito conhecido no mundo do sertanejo ..."
Marcelo de Assis: o conceituado Dudu Borges ...
Japinha: “Isso!!! Ele é fera, né? Produziu muitos artistas de sertanejo, um monte de gente boa. E eu tava muito preocupada. A gente tava fazendo muitos shows e, enfim, muita demanda pra fazer. Eu lembro que no dia que eu fiz a... no dia que eu botei o áudio da música Meu Corpo Tem Memória, eu tava com uma voz. meio comprometida. Por conta que eu tinha gravado o CD Arraiá da Japinha, ah, Arraiá! Sim, sim, sim, é o que eu tava dizendo pra você: o quanto isso é importante de você ter uma pessoa, as pessoas que tão ali acreditando em você, entendeu? Confiando em você, sabe? Aí ele chegou e você disse: ah, tá tranquilo, não precisa se afobar”.
Marcelo de Assis: Essa união musical que você com o Diego e o Vitor Hugo, tem algo que me chama bastante atenção: você é uma artista que obviamente ganhou notoriedade no forró. Mas agora você tá numa fase nova da carreira e realiza uma conexão com artistas do sertanejo. Como foi essa adaptação?
Japinha: “Foi bem natural. É como eu estava te dizendo: desde nova, eu sempre fui muito apaixonada por sertanejo, né? E também a arte. O teatro também me ajudou muito em relação à música, a como me comportar, enfim. Mas não é um bicho de sete cabeças, não. Eu acho que quando você quer aprender ou algo do tipo em relação ao pagode, tipo, eu gravei com o De Propósito. Você conhece o De Propósito? Conheço. Cara, no início. Foi bastante difícil. Por quê? Porque meu ouvido não é acostumado com aquilo. Mas eu sei que aquilo dali é importante pra mim, até pro meu amadurecimento. Então, eu acho que é muito importante. Nenhum artista fica só num estilo específico. Eu acho que ele tem que ser eclético, ele tem que curtir tudo, entendeu? Então, assim, esse negócio em relação ao sertanejo e tudo mais não foi um bicho de sete cabeças, nada. É porque é um estilo que eu costumo escutar muito e cantar também bastante quando eu tô em casa, num show ou algo do tipo”.
“Há uns meses, eu achava que eu não iria continuar. Então, é uma vitória muito grande. Eu quero continuar ainda cantando, fazendo algo que eu amo, transmitindo muita alegria, muita coisa boa através da minha música”
Marcelo de Assis: Japinha, quais são os seus próximos projetos? O que você pode revelar pra gente?
Japinha: “Então, eu estava conversando agora com meu esposo recentemente que o meu planejamento, eu sou o tipo de pessoa, eu acho que quem conhece a sensibilidade sabe que eu sou uma pessoa muito simples, né? Eu não gosto das coisas de fazer DVD grande ou algo do tipo. Eu estou com a ideia de fazer algo mais acústico, sabe? Algo mais tipo medley sertanejo”.
Marcelo de Assis: Algo mais intimista...
Japinha: “Sim, tipo mais intimista, mais simples. Com carrãozinho, violão, uma sanfona ali, entendeu? Algo mais família, ali, amigos. Eu tô querendo fazer um projeto relacionado a isso, sabe? Tipo um camp. Um camp eu acho legal! Eu tô achando demais, até porque assim a maioria dos artistas quer fazer coisas mais suplementares, assim, quer ter um palco, uma coisa visual. Eu prefiro coisas mais simples. Por isso que eu falo pra você, menos é mais. Eu tô com essa ideia. Assim, eu não sei se ainda esse ano a gente consegue transformar esse planejamento logo, né? Botar logo na atividade por conta dos shows, né? Então, assim, é uma coisa que realmente, de fato, tem que ser pensada, entendeu? Tem que ser articulada às músicas de verdade, mas, assim, se der tudo certo, ainda esse ano a gente consegue fazer, sim, esse projeto que com certeza vai estar disponível lá no YouTube pra galera assistir em primeira mão”.
Marcelo de Assis: Uma das coisas fundamentais na vida de um ser humano, como sempre, depois de tantas experiências, é a maturidade. Maturidade só se conquista se passar pelas experiências e ela não cai do céu. Você, como disse no início do diálogo aqui, está recém-casada. A gente sabe que estar bem conosco e termos a vida em equilíbrio com pessoas que a gente ama e tudo mais, obviamente, ajuda nos desafios que a vida nos apresenta. Em outras palavras, como tem sido esse casamento e como ele está influenciando também a sua vida profissional?
Japinha: “Olha, todas as entrevistas que eu participo, eu costumo dizer que foi muito importante pra mim esse casamento. Até porque, quando eu saí da banda, eu nunca tinha um tempo pra mim, sabe? De poder respirar, de poder curtir, né? E eu também não tinha uma família pra apoiar. E, graças a Deus, Deus me abençoou a família do meu esposo. É minha sogra, meu sogro. E foi através deles que também me deram forças a seguir, a dar continuidade na minha carreira, porque de fato eu queria desistir. Eu estava muito desgostosa da vida, né? Eu estava com muito medo, com muito receio, mas é como eu estava dizendo pra você: o quanto é importante de você ter pessoas boas na sua vida vibrando contigo, né? E eu lembro que no dia que eu saí da banda, por mais que eu estivesse muito abalada na época e tudo mais, eu acredito que foi muito importante pra mim, pra eu poder priorizar um pouco a minha saúde mental, priorizar um pouco também o meu tempo de vida, de poder viver, porque às vezes. Eu queria viver e eu tinha medo. Eu tinha que, muitas das vezes, dar muita satisfação da minha vida particular, que não tinha o porquê de eu fazer isso, né? Então, eu realmente, de fato, eu aproveitei. Eu acho que foi oito meses parada e, nesses outros meses, realmente eu me conheci mais, eu amadureci mais”.
“Eu consegui paz, muita paz. Já fazia muito tempo que eu não sentia essa paz”
Marcelo de Assis: Japinha: daqui pra frente, agora com todas essas mudanças, onde que você realmente quer chegar em sua carreira?
Japinha: “Assim, realmente eu costumo dizer que eu já cheguei onde eu queria, graças a Deus. Eu estou fazendo algo que eu amo. E agora, ainda mais, retornando agora como carreira solo, porque na minha concepção, na minha visão, há uns meses atrás, eu achava que eu não iria continuar. Então, assim, é uma vitória muito grande. Eu quero continuar ainda cantando, fazendo algo que eu amo, transmitindo muita alegria, muita coisa boa através da minha música. Eu quero continuar fazendo o que eu amo. A oportunidade, realmente, de fato, eu consegui pela segunda vez. Na época era do Conde, agora como carreira solo, conjunto com a galera da D&E. Então, eu acho que eu não tenho muito o que pedir. Eu tenho mais do que agradecer. Eu sou extremamente grata, só de estar fazendo algo que eu amo. E agora, também fazendo uma turnê nos Estados Unidos, é maravilhoso. É maravilhoso”.

Marcelo de Assis: qual a expectativa para esses shows nos Estados Unidos? É um outro mercado. O que está passando dentro de você nesse momento com esses shows lá fora?
Japinha: “Então, eu confesso que é um mix de sentimentos. Porque primeiro é a primeira viagem que eu vou fazer nos Estados Unidos. Eu nunca fui pra lá. E outra coisa também, eu não sei falar inglês, aí a gente fica meio com medo, né? Mas eu vou estar bem assessorada, vou estar com a minha equipe, vou estar com meus sócios lá e tudo mais. É um mix de sentimentos. Estou muito feliz agora, depois que eu recebi essa novidade de fazer show lá nos Estados Unidos. Já fiz na França, que inclusive foi muito bom. Também fiz shows em Paris e na Suíça em 2023. Foi uma experiência assim, surreal. Muito bom! E agora ir para os Estados Unidos é muito gostoso, né? Eu quero muito conhecer os brasileiros que estão lá. Inclusive, o meu esposo tem alguns amigos que moram lá e que com certeza, estarão no nosso show”.
Marcelo de Assis: Uma última pergunta: quem é a Japinha?
Japinha: “A Japinha é uma pessoa determinada, focada e que ama muito Deus. Ama muito, muito, muito Deus”
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