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Paul McCartney explica boato de que foi ‘morto’ após o fim dos Beatles

Lendário músico britânico de 83 anos relembrou o fim dos ‘Fab Four’ e as consequências emocionais daquele momento em livro

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Paul McCartney explica boato de que foi 'morto' após o fim dos Beatles Foto: Reprodução / Instagram / @paulmccartney

O ex-Beatle Paul McCartney lançou recentemente seu livro de memórias Wings: The Story of a Band on the Run, publicado pela Allen Lane, que relata as consequências emocionais da separação da lendária banda britânica.

Na publicação, McCartney revisita a antiga teoria da conspiração de que “Paul está morto”, que surgiu pela primeira vez em 1966 e explodiu três anos depois, quando os fãs alegaram que os Beatles o haviam substituído por um sósia.


“Um boato estranhíssimo começou a circular justamente quando os Beatles estavam se separando: que eu estava morto”, iniciou Paul McCartney. ”Já tínhamos ouvido esse boato muito antes, mas, de repente, naquele outono de 1969, fomentado por um DJ nos Estados Unidos, ele ganhou uma força própria, de modo que milhões de pessoas ao redor do mundo acreditaram que eu realmente havia falecido.”

McCartney também relata que sua então esposa Linda (1941-1998), estavam “cientes do poder da fofoca e do absurdo” das histórias e que haviam se mudado de Londres “justamente para se afastarem do tipo de conversa maliciosa que estava prejudicando os Beatles”.


“Agora que mais de meio século se passou desde aqueles tempos verdadeiramente loucos, começo a pensar que os rumores eram mais precisos do que se poderia imaginar na época”, explica Paul McCartney no livro. “De muitas maneiras, eu estava morto, um jovem de 27 anos prestes a deixar os Beatles, afogado em um mar de disputas legais e pessoais que estavam drenando minha energia, precisando de uma transformação completa de vida.”

Em outra parte do livro, McCartney também revelou que se mudar com Linda e a filha deles, Mary, para uma fazenda de ovelhas na Escócia o ajudou a se recuperar:


“Pela primeira vez em anos, senti-me livre para liderar e dirigir a minha própria vida. Naquele momento, não tinha consciência de estar a afastar-me da longa sombra projetada pelos Beatles, mas era exatamente isso que estava a fazer.”, relembrou o músico de 83 anos.

Determinado a iniciar um novo capítulo em sua vida, ele lançou o álbum Ram em 1971 com Linda e o baterista Denny Seiwell, antes de formar o Wings com Linda e o ex-guitarrista do Moody Blues, Denny Laine. Contudo, a recepção da mídia especializada foi hostil com o cantor.


A revista Rolling Stone, por exemplo, observou o disco como “incrivelmente inconsequente e monumentalmente irrelevante”.

Já o semanário The New Musical Express (NME) taxou Ram como “fraco”.

Paul McCartney: “Será que consigo gravar um disco decente?”

“Fiquei deprimido”, explica McCartney. “Todo mundo me criticava, e isso faz você questionar se ainda tem o que é preciso. Faz você pensar: ‘Será que ainda consigo fazer isso? Será que consigo gravar um disco decente?’ Cheguei a considerar seriamente desistir em várias ocasiões.”

Então, em 1973, veio o primeiro álbum do Wings e Paul McCartney, com a sua banda, finalmente alcançou sucesso global. Depois veio Venus and Mars e o sucesso natalino de 1977, Mull of Kintyre, que se tornou o primeiro single a vender mais de 2 milhões de cópias no Reino Unido.

Com o fim do Wings em 1981, Paul iniciou uma bem sucedida carreira solo que já dura mais de quatro décadas.

100 milhões de discos vendidos durante sua trajetória, 19 Grammy Awards, além de ser imortalizado no Hall da Fama do Rock duas vezes: como artista solo e membro dos Beatles.

Se tornou dono de clássicos como Mull of Kintyre, My Love, Band on The Run, Coming Up, Pipes of Peace, Ebony and Ivory (com Stevie Wonder), Say, Say, Say (com Michael Jackson), No More Lonely Nights (com David Gilmour do Pink Floyd), Once Upon a Long Ago, entre muitos outros.

E seu entusiasmo não cessa: “Tenho 25 músicas que vou terminar nos próximos meses”, escreveu no prefácio de seu novo livro.

Seu álbum ao vivo Paul Is Live, lançado em 1993, faz uma alusão a esses boatos de sua morte em sua capa, deixando claro que “Paul está Vivo”.

E contra os velhos boatos, mais vivo do que nunca!

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