Show de Ozzy Osbourne e Black Sabbath é o concerto beneficente de maior bilheteria de todos os tempos
Dados são da revista Billboard norte-americana, que também destacou outros eventos que transformaram palcos em plataformas de esperança

A música sempre teve o poder de unir pessoas, provocar emoções profundas e, em momentos cruciais, servir como ferramenta de transformação social.
Ao longo das décadas, diversos artistas se reuniram em eventos beneficentes que não apenas marcaram a história da música, mas também arrecadaram somas impressionantes para causas humanitárias.
Em 2025, esse legado ganhou um novo capítulo com o show Back to the Beginning, protagonizado por Ozzy Osbourne e sua lendária banda Black Sabbath, que se tornou o concerto beneficente mais lucrativo de todos os tempos de acordo com a revista norte-americana Billboard.
Realizado no último dia 5 de julho no Villa Park, em Birmingham, na Inglaterra, o evento foi marcado como a última apresentação de Ozzy Osbourne nos palcos.
Com ingressos esgotados para 40 mil pessoas e uma audiência online de 5,8 milhões de espectadores, o espetáculo arrecadou cerca de US$ 190 milhões para instituições de caridade. Os recursos foram destinados igualmente a três organizações: Birmingham Children’s Hospital, Acorn Children’s Hospice e Cure Parkinson’s, esta última dedicada à pesquisa da doença que Ozzy enfrenta desde 2019.
Além da venda de ingressos e transmissões online, os organizadores promoveram rifas, leilões de arte e fotografias icônicas da banda, além de incentivar doações espontâneas dos fãs durante o streaming. O resultado foi uma mobilização global que superou até mesmo eventos lendários como o Live Aid e o Farm Aid.
Embora o show de Ozzy tenha assumido o topo da lista, outros eventos também deixaram marcas profundas. O FireAid, realizado em janeiro de 2025, reuniu nomes como Billie Eilish, Lady Gaga e Green Day em uma maratona de cinco horas que arrecadou mais de US$ 100 milhões para as vítimas dos incêndios florestais na Califórnia (EUA). A verba foi distribuída para organizações comunitárias que atuam diretamente na reconstrução das áreas afetadas.
Outro exemplo emblemático é o Live Aid, realizado em 1985 simultaneamente em Londres e na Filadélfia. Com transmissão para mais de 1 bilhão de pessoas em 110 países, o festival arrecadou cerca de US$ 100 milhões para o combate à fome na Etiópia e no Sudão. O evento também impulsionou a venda de singles beneficentes como Do They Know It’s Christmas?, do Band Aid, e We Are The World, do USA For Africa, que juntos somaram mais de US$ 70 milhões em doações adicionais.
E jamais devemos esquecer do primeiro concerto musical em prol de causas humanitárias: o Concert For Bangladesh, idealizado pelo ex-Beatle George Harrison (1943-2001) e pelo sitarista indiano Ravi Shankar (1920-2012) em 1º de agosto de 1971 com um grande show no Madison Square Garden em Nova York (EUA). Mais de 40 mil pessoas estiveram presentes no evento, que arrecadou US$ 250 mil para o auxílio a Bangladesh, através da UNICEF.
Já o Farm Aid, idealizado por Willie Nelson em 1985, é o concerto beneficente mais longevo da indústria musical. Criado para apoiar agricultores familiares nos Estados Unidos, o evento já arrecadou mais de US$ 80 milhões ao longo de quatro décadas.
Em sua primeira edição, Nelson doou pessoalmente US$ 100 mil a uma igreja que alimentava famílias rurais em crise.
O Hope for Haiti Now, organizado por George Clooney e Wyclef Jean após o terremoto devastador de 2010, arrecadou US$ 57 milhões em uma noite. Com performances de Stevie Wonder, Jay-Z e Chris Martin, e celebridades como Leonardo DiCaprio atendendo ligações de doadores, o evento distribuiu recursos por meio de organizações como a Cruz Vermelha, UNICEF e Oxfam.
Esses eventos mostram que a música vai muito além do entretenimento. Ela pode ser uma ponte entre o público e causas urgentes, uma forma de canalizar emoções em ações concretas.
O sucesso de Back to the Beginning não apenas celebrou a trajetória de uma das bandas mais influentes do heavy metal, mas também provou que o legado de artistas pode se estender para além dos palcos — tocando vidas, financiando pesquisas e oferecendo esperança.
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