Universal Music e Republic Records: o domínio da indústria musical em 2025
Sucesso de artistas como Morgan Wallen e Kendrick Lamar estão impulsionando números do mercado neste ano

Na virada do primeiro semestre de 2025, o cenário da indústria musical norte-americana mostra uma clara liderança das gravadoras Republic Records e Interscope Geffen A&M, ambas pertencentes ao conglomerado Universal Music Group (UMG).
Segundo dados da Luminate até 26 de junho, essas duas gravadoras foram as únicas a registrar participação de mercado acima de dois dígitos por dois trimestres consecutivos, consolidando sua influência no setor.
Após perder momentaneamente a liderança no primeiro trimestre para a Interscope, a Republic voltou ao topo com uma participação de mercado atual de 12,69%. Embora esse número seja inferior aos impressionantes 15,72% registrado no mesmo período de 2024, a gravadora conseguiu superar concorrentes importantes como Atlantic Records e Warner Music Group.
O sucesso da Republic Records está diretamente ligado ao desempenho de artistas como Morgan Wallen, cujo álbum I’m the Problem dominou o topo da Billboard 200 por sete semanas consecutivas. Além disso, nomes como The Weeknd, Ariana Grande, Taylor Swift, Sabrina Carpenter e Chappell Roan contribuíram significativamente para manter a gravadora em evidência.
Vale destacar que a Republic também inclui os selos Island Records, Mercury Records, Big Loud e o distribuidor independente Imperial, além da cantora brasileira Anitta, o que amplia sua presença no mercado.
Já a Interscope, que havia liderado o primeiro trimestre com 12,67%, manteve uma posição sólida no segundo trimestre com 11,56%. Embora tenha havido uma leve queda em relação ao trimestre anterior, o número representa um crescimento expressivo comparado aos 9,51% registrados em meados de 2024.
O catálogo da Interscope estrelas globais como Kendrick Lamar, Billie Eilish, Gracie Abrams, Lady Gaga e Playboi Carti. O sucesso contínuo desses nomes, aliado ao lançamento de novos álbuns, garantiu à gravadora uma presença robusta.
Quando somada à participação da Capitol Music Group (4,32%), o grupo Interscope Capitol Label Group (ICLG) alcança 15,88% de participação de mercado atual, superando até mesmo a Republic em termos agregados.
Com a força combinada de Republic e ICLG, a Universal Music detém 36,03% do mercado atual, mantendo-se como líder absoluta. Apesar de uma leve queda em relação ao primeiro trimestre (36,82%) e ao mesmo período de 2024 (36,37%), a UMG continua dominando o setor.
Na segunda posição da indústria musical está a Sony Music Entertainment, com 26,95%, impulsionada pelo álbum Debí Tirar Más Fotos de Bad Bunny, lançado no início de janeiro deste ano. A Warner Music Group (WMG) ocupa a terceira posição com 16,38%, mostrando crescimento em relação ao ano anterior.
As gravadoras independentes, por sua vez, representam 20,64% do mercado atual por distribuição, embora tenham perdido espaço em relação a 2024.
Os lendários selos musicais que estão em plena ascensão em 2025
Todos esses conglomerados, conhecidos como majors, são proprietários de lendários selos musicais que fizeram sucesso ao longo de décadas e seguem em uma crescente neste ano. É o caso da Warner Records e Atlantic Records, selos da Warner Music Group, que continuam em ascensão, com 6,21% e 5,75%, respectivamente.
A RCA Records, que nos anos 1950 e 1960 foi uma importante major, hoje continua um respeitado selo musical e mantém a quinta posição com 4,46%, apoiada pelo sucesso de nomes como SZA, Tate McRae e Sleep Token.
Outra label da Sony Music, a Columbia Records, retornou à sexta posição com 4,37%, superando a Capitol Music Group. A Alamo Records surpreendeu ao subir para o oitavo lugar com 2,81%, graças à sua distribuidora Santa Anna e os selos Sony Music Latin e Sony Music Nashville completam o TOP 10 com 2,19% e 1,87%.
Quando se considera o mercado total — que inclui músicas lançadas há mais de 18 meses — a liderança muda de mãos. A Interscope assume o primeiro lugar com 10,36%, seguida pela Republic com 9,88%. A Atlantic Records aparece em terceiro com 7,80%, evidenciando a força de seu catálogo.
A disputa entre Republic e Interscope mostra como estratégias bem executadas e artistas de alto impacto podem redefinir o equilíbrio de poder na indústria musical. Enquanto a Republic se beneficia da consistência de seus lançamentos e da força de seus artistas, a Interscope aposta em diversidade e profundidade de catálogo para manter sua relevância.
Ambas continuam moldando o futuro da música global — e esta batalha está longe de terminar.
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