YouTube Music chega aos 10 anos com novas ferramentas e aposta no engajamento dos fãs
Plataforma lança recursos voltados para comunidade, personalização e superfãs, mirando o futuro do streaming musical

Em 2025, o YouTube Music completa uma década de existência e, para marcar esse marco, a plataforma está promovendo uma série de mudanças que refletem sua evolução e visão para o futuro do consumo musical.
Desde seu lançamento em 2015, o serviço passou de uma tentativa de organizar o vasto acervo musical do YouTube para se tornar uma plataforma robusta de streaming, com presença global e uma base sólida de assinantes.
Agora, com os olhos voltados para o futuro, a plataforma aposta em recursos que fortalecem a comunidade de fãs e criam experiências mais personalizadas e interativas.
T. Jay Fowler, diretor sênior de produto da plataforma, lidera essa transformação desde o início. Quando foi contratado, o YouTube já possuía acordos com grandes gravadoras e editoras, mas enfrentava críticas por sua estrutura caótica e pelos baixos repasses financeiros à indústria musical. A criação de uma equipe dedicada à música e o lançamento oficial do YouTube Music foram passos decisivos para mudar essa percepção.
Hoje, a plataforma está presente em todos os países onde o YouTube atua e conta com uma equipe focada em crescimento e retenção de usuários. A proposta atual vai além de simplesmente oferecer acesso ao catálogo musical: o objetivo é criar jornadas significativas para os usuários, conectando-os com artistas, conteúdos e comunidades que refletem seus gostos e interesses.
Plataforma quer focar na comunidade
Entre as novidades anunciadas para celebrar a primeira década do YouTube Music, destaca-se a ampliação das funcionalidades de comunidade. Os usuários agora poderão comentar não apenas em vídeos individuais, mas também em álbuns e playlists, criando espaços de troca e discussão sobre obras completas. Essa mudança visa fortalecer os laços entre fãs e estimular conversas mais profundas sobre música.
Outro recurso inovador é o taste match playlist, uma funcionalidade que permite que múltiplos usuários compartilhem uma playlist que se atualiza automaticamente com base nos gostos musicais de cada participante. Essa abordagem colaborativa reforça o aspecto social do streaming e transforma a experiência de escuta em algo coletivo e dinâmico.
A parceria exclusiva com a plataforma Bandsintown também promete ampliar o alcance dos artistas e facilitar o acesso dos fãs a eventos ao vivo. A integração permitirá que usuários recebam notificações sobre shows, festivais e lançamentos de merchandising em tempo real, cobrindo 35 países e diversos tipos de locais — de casas de espetáculo intimistas a grandes arenas.
Os ‘Superfãs’ ganharão protagonismo no YouTube Music
O conceito de superfãs também ganha destaque na nova estratégia. O YouTube Music está implementando selos e distintivos para reconhecer os ouvintes mais engajados, como aqueles que escutam uma música ou álbum logo após o lançamento, ou que atingem marcos de visualização como 10 mil, 100 mil ou 1 milhão de reproduções.
Esses selos serão exibidos nos perfis dos usuários e poderão ser usados pelos artistas para incentivar a participação ativa de seus seguidores.
Fowler destaca que o objetivo é criar uma relação bidirecional entre artistas e fãs, indo além da simples distribuição de conteúdo: “Queremos que os usuários sintam que fazem parte de algo maior, que estão conectados com os artistas e com outros fãs de forma significativa”, afirmou o executivo à Billboard.
Para isso, a plataforma está investindo em ferramentas que celebram o engajamento e promovem a descoberta musical de forma contextualizada.
A monetização também está sendo repensada. Além da venda de ingressos e produtos, o YouTube Music está explorando modelos como assinaturas de canais e bens digitais pagos, inspirando-se em práticas bem-sucedidas entre criadores de conteúdo e podcasters. A ideia é oferecer novas fontes de renda para os artistas, aproveitando os momentos de maior envolvimento dos usuários.
Fowler também acredita que a próxima grande revolução no streaming será a introdução de “companheiros musicais” — interfaces baseadas em inteligência artificial que conversam com os usuários, entendem seus gostos e oferecem recomendações personalizadas com contexto e profundidade.
Essa abordagem promete transformar a forma como as pessoas descobrem e consomem música, tornando a experiência mais intuitiva e emocional.
Com essas iniciativas, o YouTube Music se posiciona como uma plataforma que valoriza não apenas o conteúdo, mas também as conexões que ele gera. Ao investir em comunidade, personalização e reconhecimento dos fãs, a empresa sinaliza que o futuro do streaming será construído em torno da experiência humana — e não apenas da tecnologia.
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