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‘A Grande Viagem da Sua Vida’ mistura realidade e fantasia em drama comovente

Filme estrelado por Margot Robbie e Colin Farrell estreou nesta quinta (18) nos cinemas

Cine R7|Mariane Reghin

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O filme "A Grande Viagem da Sua Vida" estreou nos cinemas no dia 18, com Margot Robbie e Colin Farrell nos papéis principais.
  • A trama gira em torno de Sarah e David, que revivem memórias do passado por meio de portas misteriosas encontradas durante um casamento.
  • Dirigido por Kogonada, o longa se destaca por sua beleza visual e pela profundidade emocional nas atuações de Robbie e Farrell.
  • O roteiro de Seth Reiss mistura humor e drama, criando uma reflexão sobre o peso do passado e a busca por reconexões no presente.

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Colin Farrell (David) e Margot Robbie (Sarah) são os protagonistas de A Grande Viagem Da Sua Vida

E se você pudesse abrir uma porta e atravessá-la para reviver um momento marcante do seu passado? Com essa premissa, A Grande Viagem da Sua Vida, que estreou nesta quinta-feira (18) nos cinemas, conduz uma viagem no tempo para reviver lembranças profundas dos protagonistas.

O longa-metragem, estrelado pelos indicados ao Oscar Colin Farrell e Margot Robbie, marca o retorno da atriz aos cinemas após o fenômeno de bilheteria Barbie, em 2023.

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Em A Grande Viagem da Sua Vida, Sarah (Margot Robbie) e David (Colin Farrell) são dois desconhecidos que, ao se encontrarem por acaso em um casamento, embarcam em uma jornada fantástica onde portas misteriosas revelam memórias do passado.

O que poderia soar como um drama romântico clichê se transforma em uma experiência lírica e contemplativa graças ao encontro da direção de Kogonada com o roteiro de Seth Reiss.


O sul-coreano Kogonada reafirma sua assinatura com planos fixos, composições simétricas com cores suaves e frias e o uso poético dos espaços. Assim como em Columbus (2017) e A Vida Depois de Yang (2021), o diretor se interessa menos pela ação e mais pela contemplação.

Os silêncios, os gestos sutis e os cenários funcionam como extensões do estado emocional dos personagens. As portas que se abrem para lembranças não são apenas recursos narrativos, mas símbolos visuais que carregam peso existencial.


No filme, as portas que se abrem para lembranças não são apenas recursos narrativos, mas símbolos visuais que carregam peso existencial Divulgação/Sony Pictures

Já o roteiro de Seth Reiss imprime ritmo e profundidade ao lirismo de Kogonada em uma hora e 48 minutos de duração. Conhecido por sua mistura de gêneros, o roteirista une o humor ácido de O Menu (2022) ao drama fantástico neste novo trabalho.

Reiss também aposta em um dispositivo simbólico para organizar a narrativa. Se antes eram os pratos de um jantar, agora são as portas que funcionam como chaves para as verdades ocultas dos protagonistas.


Os diálogos de Sarah e David são naturais, mas carregados de subtexto, revelando personagens imperfeitos, frágeis e profundamente humanos.

Outro trunfo do filme está nas atuações centrais. Colin Farrell entrega um personagem contido, mas de grande profundidade, revelando fragilidade e melancolia em cada olhar. Já Margot Robbie surge radiante e intensa, equilibrando leveza e dor de forma magnética.

A química entre os dois sustenta o fio emocional da narrativa e faz com que o espectador se importe genuinamente com os destinos de Sarah e David. Sem essa conexão, a viagem proposta pelo filme teria muito menos impacto.

Kevin Kline e Phoebe Waller-Bridge formam o elenco de apoio e também merecem destaque Divulgação/Sony Pictures

O elenco de apoio também merece destaque. Kevin Kline, veterano de Um Peixe Chamado Wanda, e Phoebe Waller-Bridge, conhecida pela série Fleabag, são os funcionários da locadora de automóveis, onde os protagonistas alugam os carros para embarcar nessa viagem fantástica.

Mais do que isso, eles atuam como a consciência de Sarah e David, questionando suas escolhas pessoais e induzindo a locação de um GPS, que vai guiar a jornada deles até as portas misteriosas.

Espirituosos e irônicos, Kevin e Phoebe proporcionam momentos de humor e fantasia em contraste com o peso emocional da trama.

A química entre Margot Robbie e Colin Farrell sustenta o fio emocional da narrativa Divulgação/Sony Pictures

O resultado é um drama que equilibra sensibilidade visual e intensidade emocional com toques de humor. A Grande Viagem da Sua Vida não busca a pressa das narrativas tradicionais, mas convida o espectador a entrar no jogo de memórias e destinos, entre o real e o fantástico.

É, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre o peso do passado e uma celebração das possibilidades de reconexão no presente, abrindo chances de mudar o futuro.

Mais do que uma história de amor ou um drama existencial, o longa-metragem é um encontro comovente entre duas vozes criativas que se completam. Kogonada cria a moldura contemplativa, e Reiss preenche o quadro com personagens e metáforas que ressoam muito além da tela. E a conexão criada nessa jornada de autoconhecimento através do tempo prende o espectador até o surgimento dos créditos.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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