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‘Cloud’ é thriller caótico e áspero sobre sociedade japonesa atual

Novo filme dirigido por Kiyoshi Kurosawa chega aos cinemas nesta quinta-feira (17)

Cine R7|Lucas Tinoco*

Masaki Suda e Kotone Furukawa em cena de 'Cloud - Nuvem da Vingança' Divulgação

O cinema oriental, de uma maneira geral, e o de Kiyoshi Kurosawa (de Pulse e Cure), de forma mais intensa, costuma misturar vários gêneros no mesmo filme. É o que acontece em Cloud - Nuvem da Vingança, escolhido pelo Japão para tentar uma vaga no Oscar de 2025 (não ficou entre os finalistas), que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (17).

O longa conta a história de Ratel (Masaki Suda), um revendedor de bugigangas online odiado por sua própria comunidade. Afinal, ele lucra sobre perdas de outras pessoas de forma contínua.

RESUMO DA NOTÍCIA

  • O filme "Cloud", dirigido por Kiyoshi Kurosawa, mistura gêneros e traz uma crítica à sociedade japonesa atual.
  • A trama segue Ratel, um revendedor de bugigangas online, que enfrenta consequências inesperadas após sua casa ser invadida.
  • Explora temas como apatia e busca por lucro, refletindo sobre a superficialidade das relações sociais motivadas pelo dinheiro.
  • A narrativa é marcada por um clima de desconforto e humor, evidenciando a absurda realidade contemporânea.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

A história começa de forma rotineira e pacata, nada absurda. Porém, tudo muda quando a casa de Ratel é depredada e invadida, e pessoas entram em sua vida de maneiras inesperadas, em uma espécie de caça.

O filme encontra um clima de desconforto quando abraça o thriller. Tudo ali é absurdo. O horror, como de costume com Kurosawa (que não é parente do gênio Akira Kurosawa), começa quando um homem mascarado invade a casa do protagonista, sendo essa a imagem mais marcante de sua história.


Isso tudo por qual motivo? Dinheiro. Não somos apresentados a uma trama de vingança familiar, moral, ou algo nobre do tipo. Em Cloud - Nuvem da Vingança, o que importa é mesmo o dinheiro.

Kurosawa quer comentar com certo cinismo o quanto a sociedade oriental, atualmente, somente se sustenta por questões monetárias, sem qualquer tipo de diplomacia ou consciência.


Esse clima inquietante e absurdo, por incrível que possa parecer, arranca risos e apreensão, às vezes na mesma sequência, como nas pequenas piadas encaixadas em cenas em que armas são disparadas da maneira mais crua e apática possível.

Tudo aqui é uma sátira da realidade que a cada dia mais parece ser absurda, com pessoas que se matam por coisas tão banais quanto um brinquedo falsificado.


A escolha em filmar a história de uma maneira distante dá a impressão que ninguém ali é confiável, talvez porque realmente não seja. Enquanto o público percebe que aqueles que atacam Ratel estão errados, o personagem principal também não segue caminhos corretos.

Masaki Suda entende o seu personagem por completo. Ele entrega o senso de apatia de Ratel, que após atirar contra pessoas pela segunda vez na vida já aparenta estar acostumado com aquilo, quase como se matar fosse rotineiro no caminho do acúmulo de dinheiro.

Em um geral, todos esses elementos fazem de Cloud - Nuvem da Vingança um ponto de vista áspero sobre a atualidade japonesa, mas um representante mundial de sua cultura moderna e excelente no que faz.

*Sob supervisão de Lello Lopes

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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