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'Homem-Aranha: Lotus': Como um filme horrível e polêmico feito por fãs se tornou um sucesso na internet

Produção amadora, que estreou há um mês, teve quase 4,5 milhões de visualizações nas redes sociais 

Cine R7|Lello Lopes, do R7


Cena do filme 'Homem-Aranha: Lotus', feito por fãs
Cena do filme 'Homem-Aranha: Lotus', feito por fãs

No ano em que muitos super-heróis fracassaram nos cinemas (Shazam, Flash, Besouro Azul, estou falando de vocês!), um filme amador do Homem-Aranha, feito por fãs, se tornou um sucesso na internet. Mesmo envolvido em muita polêmica e com uma história de baixíssima qualidade, Homem-Aranha: Lotus já teve quase 4,5 milhões de visualizações no YouTube.

É preciso deixar claro que o filme não tem nenhuma relação com a Marvel, a Sony ou qualquer outro grande estúdio: o longa de 2 horas foi financiado por fãs por meio de uma campanha online. Homem-Aranha: Lotus é dirigido por Gavin J. Konop, que escreveu o roteiro ao lado do ator Warden Wayne, que interpreta Peter Parker/Homem-Aranha no filme.

Os dois estão no centro da polêmica do filme, que não tem nada a ver com o uso de um personagem que não é deles. Quando o trailer foi divulgado no ano passado, e acabou virando um hit no YouTube, foram descobertas mensagens racistas e homofóbicas escritas por Wayne e Konop nas redes sociais.

Muitos membros da equipe de efeitos visuais optaram por sair do projeto em solidariedade às vítimas e por afirmarem que o ambiente de trabalho era tóxico. Além disso, apoiadores do filme pediram reembolsos e que seus nomes fossem retirados dos créditos, alegando que não queriam ser associados a um projeto com esse tipo de bagagem.

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Mesmo assim, Konop, dono da produtora responsável pelo filme, manteve o lançamento. No ar há pouco mais de um mês, ele conseguiu bons números de visualizações, apesar de entregar um produto muito ruim.

Com o orçamento estimado de US$ 125 mil (cerca de R$ 615 mil), Homem-Aranha: Lotus tem um trabalho de produção até aceitável. Os efeitos especiais e o figurino dos personagens, principalmente o uniforme do herói, estão acima da média para esse tipo de projeto.

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O problema é todo o resto. O filme segue Peter Parker tentando lidar com o luto após a morte de Gwen Stacy, causada pelo Duende Verde. O herói decide se aposentar, mas uma visita a uma criança em estado terminal no hospital o faz repensar a ideia.

Nem Zack Snyder apostaria em um tom tão sombrio para retratar um dos super-heróis mais solares dos quadrinhos. O roteiro ainda transforma Peter Parker em um tremendo babaca, defendido sem nuances pelo fraquíssimo Warden.

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Além disso, sem grana para muitas sequências de ação, o longa é recheado de intermináveis cenas pseudo-filosóficas, que ficam mais insuportáveis de serem vistas graças ao amadorismo do elenco.

Filmes feitos por fãs, principalmente de grandes franquias, não são novidade. Alguns, inclusive, são muito bons. O problema de Homem-Aranha: Lotus, além do comportamento dos seus realizadores, é não ter entendido o personagem. E nem o cinema.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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