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'John Wick 4: Baba Yaga' tem maratona de cenas de ação e história mal elaborada

Novo longa protagonizado por Keanu Reeves tem elenco mal aproveitado e quase três horas de filme

Cine R7|Pedro Garcia, do R7

Keanu Reeves volta ao papel de John Wick no quarto filme da franquia
Keanu Reeves volta ao papel de John Wick no quarto filme da franquia Keanu Reeves volta ao papel de John Wick no quarto filme da franquia

Tiro, porrada e bomba. Com essas três palavras, é possível resumir boa parte das quase três horas de John Wick 4: Baba Yaga. No quarto filme da franquia, dirigido por Chad Stahelski, o assassino de aluguel John Wick, papel de Keanu Reeves, começa a história resolvendo uma pendência em um deserto no Marrocos, mas que vai lhe render uma dor de cabeça ainda maior.

Na nova aventura, Wick bate de frente a Cúpula, organização que rege os assassinos profissionais ao redor do planeta, para finalmente conseguir o que mais deseja: vingança e liberdade. Ao fazer isso, ele precisa enfrentar o Marquês de Gramont (Bill Skarsgård), um riquinho influente e que deseja ainda mais poder.

Em busca de asilo, o protagonista vai ao hotel Continental de Osaka. Por lá, encontra o velho amigo Shimazu (Hiroyuki Sanada), o assassino cego e super habilidoso Caine (Donnie Yen) e Sr. Ninguém (Shamier Anderson), um assassino por aluguel interessado no prêmio ofertado pela cabeça de Wick que está sempre acompanhado de uma cachorra. Todos esses personagens são novos na franquia.

É no Japão que acontece a primeira sequência interminável de cenas de lutas. Intercalando um diálogo com muita porradaria, o personagem de Keanu Reeves e os aliados enfrentam os capangas do Marquês, sempre em grande número e feitos para serem assassinados pelo anti-herói, tanto que muitos deles nem rosto têm.

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Baba Yaga segue a lógica presente nos filmes da franquia: as cenas de ação são cada vez mais irreais e difíceis de comprar. A qualidade dos efeitos especiais e a criatividade na hora de criar alguns trechos de ação, como uma batalha sangrenta durante uma festa tecno em Berlim, são pontos positivos. Do outro lado da balança, há os inimigos de Wick que somem assim que são mortos pelo protagonista com poucos golpes.

Nos primeiros filmes da saga, Wick já mostra o quão invencível é. Dessa vez, o homem fica completamente indestrutível. Enquanto alguns personagens morrem após rolar poucos lances de escadas, ele pode despencar andares de altura que ainda assim vai estar disposto a levantar e enfrentar a próxima horda de assassinos atrás da recompensa milionária oferecida pelo pescoço dele. E ele fará isso muitas vezes.

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No meio dessa corrida frenética pela vida e pela morte, com direito a locações em importantes pontos turísticos da França e Alemanha, os personagens se perdem em uma história sem estrutura e sem desenvolvimento.

Com um elenco recheado de grandes nomes, os personagens secundários mal ganham destaque ao longo do filme. Durante as horas de filmes, que poderiam ser menores, não é possível entender a história e as motivações de vários personagens. Alguns poderiam ser só cortados do roteiro sem maiores perdas para o desenvolvimento, como o papel dado a cantora Rina Sawayana na estreia da artista no cinema.

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No geral, John Wick 4: Baba Yaga é um filme com pouca história e muita luta e um assassino profissional quase imbatível, que, assim como o espectador, não tem um segundo de tranquilidade.

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