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‘Os Estranhos: Capítulo 2′ se perde pelo excesso de explicações e fórmula repetida

Sequência de terror traz de volta visual marcante dos assassinos mascarados

Cine R7|Giovane Felix

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Franquia de terror ganha seu segundo capítulo, que chega aos cinemas nesta quinta (2) Divulgação/Paris Filmes

Um ano após o fiasco de Os Estranhos: Capítulo 1, chega aos cinemas nesta quinta-feira (2) a continuação desta trilogia de terror que parece condenada desde o início. Se o primeiro filme apenas repetiu a fórmula do original de 2008 sem oferecer nada de novo, o segundo capítulo avança pouco na trama e se mostra igualmente esquecível.

Os Estranhos: Capítulo 2 retoma a história exatamente onde o longa anterior parou. Depois de sobreviver ao ataque do grupo mascarado, Maya (Madelaine Petsch) se recupera no hospital ao mesmo tempo em que enfrenta o luto pela morte do namorado Ryan. Mas logo ela percebe que o pesadelo está longe do fim e volta a ser perseguida pelos assassinos.

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Diferentemente da primeira parte, aqui não há espaço para enrolação: a produção já começa em ritmo acelerado. Em fuga, Maya percorre todo o perímetro do hospital, em uma sequência que pode sugerir inspiração em Halloween II (1981), embora sem o mesmo impacto e prestígio do clássico.

Madelaine Petsch assume de vez o posto de final girl com a personagem Maya

O diretor acerta no suspense e na tensão, mas, no fim, é mais do mesmo. Fãs do subgênero slasher podem até se divertir com algumas cenas de perseguição, mas a pontuação final permanece negativa. Há ainda uma tentativa de expandir o universo da trama ao apresentar a origem dos assassinos, mas que falha na execução.


É irônico que um filme que defende a falta de justificativas para as atrocidades cometidas pelos mascarados, e que reforça isso já na abertura, termine tentando se explicar tanto.

O grande trunfo de Os Estranhos (2008) foi justamente a ausência do “por quê”. Ao revisitar a história e expandir esse universo, propor um contexto maior exige construir um plano de fundo sólido e convincente, o que não é o caso aqui.


Assim, o longa se desenrola com personagens fracos, subdesenvolvidos e que pouco ajudam no avanço da trama. A audiência recebe poucas respostas e os elementos em cena parecem estar ali apenas para fortalecer a trajetória de final girl da protagonista e preparar terreno para o capítulo final da saga, previsto para o próximo ano.

Depois do fracasso de crítica do primeiro capítulo, não havia muito o que esperar da continuação. Em um outro contexto, a má recepção de Os Estranhos: Capítulo 1 teria sido suficiente para enterrar a franquia de vez.


No entanto, a estratégia de rodar os três filmes simultaneamente, somada a uma bilheteria bruta considerada satisfatória, garantiu um fôlego extra para a saga e assegurou que ela chegasse ao fim com um desfecho completo.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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