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'The Flash' é bom entretenimento, mas escancara necessidade de renovação urgente para a DC 

Filme herói superveloz tem boas sacadas e consegue divertir, mas se mostra bastante irregular em diversos aspectos

Cine R7|Felipe Gladiador, do R7


'The Flash' é mais um filme a explorar temas como multiverso e viagem no tempo
'The Flash' é mais um filme a explorar temas como multiverso e viagem no tempo

O conceito de multiverso nos cinemas parece mais consolidado do que nunca, após sucessos como a franquia Aranhaverso, as investidas da Marvel em produções como Doutor Estranho no Multiverso da Loucura e até mesmo o ganhador do Oscar de Melhor Filme deste ano, o aclamado Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo.

Isso cria uma infinidade de possibilidades narrativas, que podem ser ousadas, complexas, divertidas e realmente unir diferentes universos. Mas será que esses "cruzamentos" de realidades, encontros de personagens e "bagunças" em linhas do tempo ainda têm fôlego para atrair a atenção do público?

A resposta simples é: sim. Prova disso é o interesse que se criou nas redes sociais quando The Flash, que chega aos cinemas nesta quinta-feira (15), começou a ganhar avaliações extremamente positivas na mídia. 

Efeitos do filme são bons em algumas cenas, mas deixam a desejar em outras
Efeitos do filme são bons em algumas cenas, mas deixam a desejar em outras

Apesar de ser quase impossível não ficar com aquela sensação de "eu já vi esse filme antes" em alguns momentos, o longa do diretor Andy Muschietti, da versão mais recente de It — A Coisa, acerta no tom escolhido, que é majoritariamente bem-humorado, mas com espaço para desenvolver alguns dramas mais profundos. 

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O lado positivo é que a atmosfera de The Flash lembra aventuras clássicas dos anos 1980 e 1990 e, dessa forma, cria-se uma espécie de "filme de conforto". Apesar de toda a piração nos conceitos e de toda a confusão gerada por mais viagens pelo multiverso, a produção consegue entregar bastante entretenimento. 

Já o lado negativo envolve aquilo que já está claro para muita gente há algum tempo: a DC precisa urgentemente de uma renovação nas telonas. E tanto isso não é uma novidade que os problemas de produções anteriores, e alguns desempenhos aquém do esperado inspiraram a contratação de James Gunn, grande nome por trás do sucesso de Guardiões da Galáxia, franquia da concorrente Marvel, para colocar ordem na "casa" da DC. 

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The Flash é mesmo um filme divertido, mas quando olhamos mais de perto, ele sofre da mesma irregularidade que atinge boa parte das produções mais recentes da empresa nos cinemas. Alguns efeitos visuais funcionam, outros parecem saídos de um programa de TV de baixo orçamento. Algumas piadas acertam em cheio, outras geram constrangimento e não são capazes de inspirar nem aquela fungadinha de nariz que mal chega a ser uma risada. Algumas atuações são excelentes, outras beiram o caricato. 

Maribel Verdú se destaca em cena
Maribel Verdú se destaca em cena

O polêmico Ezra Miller, que interpreta aqui duas versões do herói protagonista, acerta ao equilibrar os momentos de "pastelão" e as cenas mais sérias. O encontro dos dois Barry Allen garante os momentos mais engraçados do longa. Já o experiente Michael Keaton rouba diversas cenas como um Bruce Wayne que apanhou muito na vida. Outros destaques são a imponente Sasha Calle, que vive a Supergirl, e é responsável pela melhor cena de ação do filme, e Maribel Verdú, que entrega todo o carisma e doçura necessários para Nora, mãe de Barry. 

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É claro que, por se tratar de um filme sobre multiverso, espere muitas participações especiais. Enquanto certas delas já eram de conhecimento do público, e estavam até presentes em trailers, algumas rendem mesmo suspiros de surpresa, mas não daremos spoilers por aqui. 

No fim das contas, The Flash está muito longe de ser um filme ruim, mas também não traz nada tão empolgante que o faça ser memorável. Não que ele precise ser mais do que uma boa diversão, mas deixa ainda claro que a contratação de James Gunn é justificada. Não vai ser na velocidade da luz que tudo irá mudar, mas o cineasta já começou a trabalhar nessa repaginada que, convenhamos, é mais do que necessária.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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