‘Tron: Ares’ acerta o espectador que quer curtir um filme sem pensar demais
Longa que estreou na quinta-feira (9) traz fan service e entretém o público que só quer uma ficção científica com boas doses de ação
Cine R7|Larissa Lopes

Tron: Ares, lançado na última quinta-feira (9), se propõe a continuar a franquia criada em 1982 pelo cineasta Steven Lisberger. O longa-metragem dos estúdios Disney não tem uma história inovadora, mas traz um refresco para o público que só quer ir ao cinema para ver uma ficção científica com boas doses de ação.
Dirigido por Joachim Rønning, o filme é guiado por Ares (Jared Leto), um programa de inteligência artificial altamente sofisticado que recebe uma missão no mundo real: deter a qualquer custo Eve Kim (Greta Lee), uma CEO de empresa que está em busca de descobrir o Código de Permanência de Kevin Flynn (Jeff Bridges), capaz de fazer criações de IA terem mais do que 29 minutos de vida.
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Ares é criado por Julian Dillinger (Evan Peters), dono da empresa que quer estar à frente de Eve e trazer antes para o mercado essa novidade.
Apesar dos vários termos e conceitos, a produção acerta em situar o espectador no enredo, sem a necessidade de que ele tenha assistido aos filmes anteriores.

Com essa corrida pelo poder, com um pé na vida real, já que são vários os exemplos hoje de guerras entre empresas de tecnologia, o filme jorra cenas de luta e ação e enche os olhos nas telas do cinema.
Conhecendo a Disney, é claro que quem já acompanhava a franquia não ficaria de lado. Existem vários exemplos de fan service bem servido, como a volta de Kevin Flynn, personagem do longa original e de Tron: O Legado, sequência lançada em 2010.
A trilha sonora, assinada pelos oscarizados Trent Reznor e Atticus Ross, do Nine Inch Nails, é um dos acertos do filme. Ao contrário do roteiro, que é previsível e não tem reviravoltas. Os personagens são caricatos e quase não há tempo para conhecê-los além da camada superficial.
Uma exceção é a atuação de Greta Lee, estrela de Vidas Passadas. Vê-la em filmes de ação prova que a atriz dá conta, sim, de se encaixar em produções que não sejam cult.
Em Tron: Ares, Greta traz bastante emoção para uma personagem que, talvez, não teria o mesmo resultado na tela se fosse interpretada por outra pessoa.
Já Jared Leto tenta superar o fracasso de Morbius e, de certa forma, consegue. Isso porque ele entrega uma atuação mais comedida: não se sobressai, mas também não decepciona. Com Ares, o espectador se pega torcendo para que uma IA tenha sentimentos.
Se a intenção era entreter sem fazer o espectador pensar demais, Tron: Ares acerta em cheio.
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