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Vozes de estrelas do cinema e da TV nacional salvam ‘Arca de Noé' de ser uma animação genérica

Animação, que estreia nesta quinta-feira (7), não cria uma identidade própria para a sua narrativa

Cine R7|Carol Malheiro*

Arca de Noé é a principal animação brasileira a estrear em 2024 Reprodução

Inspirado no livro homônimo de poemas de Vinícius de Moraes, Arca de Noé, que estreia nesta quinta-feira (07) nos cinemas, ilustra de uma forma lúdica e carismática uma homenagem ao consagrado cantor e poeta brasileiro.

O principal destaque da animação é a ótima dublagem. Nas vozes de estrelas do cinema e da TV do Brasil, os personagens ganham características próprias e se sobressaem nas cenas musicais. As letras dos versos de Vinícius de Moraes ecoam em uma grata homenagem ao compositor.

Contudo, o filme peca em não criar uma identidade própria em sua narrativa. Ao tentar contar várias histórias que permeiam a arca de Noé, a animação não se preocupa em desenvolver uma conexão com aqueles personagens e os relacionamentos que eles constroem entre si na história.

Apesar de possuir uma mensagem final clara, a narrativa se perde em concluir suas ideias. Vini e Tom, protagonistas dublados por Rodrigo Santoro e Marcelo Adnet, respectivamente, são mostrados pela história como músicos subvalorizados tanto por sua profissão como por serem ratos, animais considerados pequenos demais para contribuir com as tarefas da arca.


Tom, Nina e Vini são os personagens principais da animação Reprodução

A trajetória, que parece desafiadora, se desenrola de maneira muito rápida, e dentro de poucas cenas já temos o início de um novo desafio, que em minutos se transforma em uma nova narrativa. Nesse ritmo acelerado, algumas histórias acabam antes da hora certa, com começo e fim, mas distantes de ter um verdadeiro desenvolvimento.

Outro aspecto negativo da animação é o excesso de similaridade com outras obras do gênero, como Rei Leão, Procurando Nemo ou até mesmo Rio. O que faz com que a obra, cujo intuito era transmitir o legado de Vinícius de Moraes para as novas gerações, seja uma mistura estética de inspirações norte-americanas.


É nesse momento que os tons vibrantes da animação e a dublagem carismática dão cor a uma história genérica. E, de novo, a música surge como elemento de destaque e torna essa história atrativa para o seu público-alvo: as crianças.

*Sob a supervisão de Lello Lopes

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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