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Larissa Tassi regrava icônica música de abertura para celebrar os 30 anos do disco dos Cavaleiros

Cantora é a voz oficial do anime que foi febre no Brasil desde os anos 1990; confira a entrevista

Do Meu Tempo|Renato FontesOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Lançamento do álbum "Novo Cosmos" pela cantora Larissa Tassi para celebrar os 30 anos do disco de "Os Cavaleiros do Zodíaco".
  • O álbum apresenta releituras de faixas clássicas com novos arranjos inspirados em animes dos anos 80 e 90.
  • Projeto financiado coletivamente, permitindo a participação dos fãs na produção do disco.
  • Larissa Tassi compartilha suas memórias e a importância das músicas para a geração que cresceu assistindo ao anime.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Tem sempre alguém no Cosmo ajudando o cavaleiro a vencer. E só o vencedor pode vestir sua armadura de ouro…

Larissa Tassi tinha apenas 10 anos quando gravou, ao lado de William Kawamura, o clássico disco de 'Os Cavaleiros do Zodíaco' montagem R7/redes sociais Larissa Tassi/reprodução IMB

Parece que foi ontem, mas já se passaram 30 anos desde que escutamos esse refrão do segundo tema de abertura de Os Cavaleiros do Zodíaco, exibido na extinta TV Manchete, em 1995.

O álbum homônimo, que marcou uma geração de fãs no Brasil, foi interpretado pela dupla de cantores mirins William Kawamura e Larissa Tassi, então com 12 e 10 anos. Em apenas seis meses, vendeu mais de meio milhão de cópias, conquistando os discos de ouro, platina e platina duplo.


Hoje, aos 41 anos, Larissa, que começou a carreira artística gravando comerciais, é reconhecida como a voz oficial de Os Cavaleiros do Zodíaco no Brasil e uma das principais intérpretes de animesongs do país, com sucessos como Pelo Mundo (Saga de Hades) e Pegasus Fantasy (Saint Seiya Omega).

Para celebrar os 30 anos do disco Os Cavaleiros do Zodíaco, a artista regravou a música de abertura da segunda temporada. A ideia para o próximo ano é realizar a releitura de todas as faixas do icônico álbum.


Para revelar detalhes dessa homenagem aos 30 anos de CDZ e mergulhar nas memórias que marcaram os anos 90, Larissa Tassi bateu um papo com o blog Do Meu Tempo. Confira agora como foi essa conversa que promete surpreender os fãs!

O que te motivou a revisitar as músicas de Os Cavaleiros do Zodíaco 30 anos depois?


“Em 2024, quando comemoramos 30 anos da série no Brasil, percebi o quão marcante foi, para os fãs que cresceram comigo, a lembrança desse disco e de como era especial aquela fase em que ganhar um disco, uma fita ou um CD era mágico. Então pensei: no ano que vem, esse disco completa 30 anos, por que não comemorar regravar a música de abertura?.”

Como tem sido a reação dos fãs?


“O maior combustível para esse desafio é a empolgação e a emoção dos fãs em reviver esse tempo. O feedback tem sido 99% positivo.”

Como Os Cavaleiros do Zodíaco entrou na sua vida?

“Tudo começou com um árduo período de audições para a nova formação do grupo Trem da Alegria. Passei meses participando de testes até ser aprovada.

Após a assinatura do contrato com a gravadora, foi anunciada a gravação do disco tema de Os Cavaleiros do Zodíaco, mas nunca foi explicado o motivo da mudança.

Assim, nascia a dupla que interpretava o tema de abertura, além de outras duas canções em um CD coletânea. Foi então que nos tornamos a cara do anime nos programas de TV e rádio."

O que você lembra da gravação da abertura original aos 10 anos? Algum momento marcante ou história de bastidores?

“Me lembro de tudo: da primeira vez que entrei no estúdio MOSH, daquela mesa de som enorme, dos rolos em que as músicas eram gravadas e do barulho ao rebobinar para registrar algo novo. Até do cheiro do estúdio eu me recordo (risos).

Estar ali era a realização de um grande sonho — encontrar os artistas de quem eu era fã nos bastidores, trabalhar com os melhores produtores musicais do Brasil… tudo isso era muito forte para mim."

Como era sua rotina pessoal e musical naquela época?

“Foi um período de muita adaptação à nova realidade: muitas faltas no colégio para viajar, semanas fora de casa, provas feitas na sala da diretora antes ou depois de serem aplicadas em classe, trabalhos recuperados com a ajuda da minha mãe e atividades extras para compensar as matérias perdidas.

Havia também a dificuldade de sair em público por conta do assédio dos fãs, numa época sem redes sociais. Mas nada disso me atrapalhou; pelo contrário, era um sonho sendo vivido, a sensação de estar fazendo exatamente o que eu nasci para fazer.

O único detalhe é que acabei perdendo um ano por excesso de faltas, mais de 160 em apenas um ano (risos). Ainda assim, compensava me dedicando ao máximo no que podia."

O que mudou na sua vida e carreira depois do sucesso de Os Cavaleiros do Zodíaco?

“Naquela época, tudo mudou: minhas saídas em público eram quase sempre caóticas (risos) e minha participação escolar se tornou estranha, pois as crianças se afastaram de mim.

Ao mesmo tempo, aprendi muito como artista e cantora; os produtores musicais me moldavam a cada gravação, ensinando-me a interpretar as canções da melhor forma, além de darem dicas para entrevistas e coisas do gênero. Isso me moldou no que sou hoje."

O que significa ver a música de abertura ainda emocionando tantas pessoas adultas hoje?

“É a prova de que a infância é, sem dúvida, muito importante para a nossa vida adulta: manter nossa criança interior viva nos torna gratos pelo que vivemos e nos fortalece para encarar a vida adulta. Também mostra que envelhecer faz parte da vida, mas nossas boas memórias nunca envelhecem.”

Você imaginava que elas teriam esse impacto duradouro?

“Sinceramente? NÃO! Mas, quando percebi que estava completamente enganada, foi uma das melhores coisas que me aconteceram na época.”

O que mudou na sua interpretação técnica e emocional dessas músicas de lá pra cá?

“Estamos sempre em processo de evolução e aprendizado; isso é para sempre. Para mim, o que mais mudou foi a sensibilidade ao entregar o que cada letra pede, aprimorar minha interpretação vocal e trazer uma emoção mais coesa para cada momento.”

Como compara a produção musical atual com as gravações dos anos 90?

“Na verdade, as produções de antigamente eram muito bem feitas, mas tinham a característica da época em que foram gravadas: os strings de teclado, o timbre de guitarras típico dos anos 90, a técnica de gravar duas vozes iguais e juntá-las para criar uma atmosfera mais “metalizada”, e a batida eletrônica que fazia muito sucesso entre o público juvenil da época, o famoso “poperô” (risos).

Hoje em dia, tudo é feito de forma digital, e não mais analógica. As vozes passam por programas de afinação, algo que antes não existia: ou você cantava afinado, ou cantava afinado, não havia para onde correr (risos)."

O que gostaria que os fãs mais jovens descobrissem ao ouvir a canção de abertura?

“Que eles vejam a origem de tudo o que conhecem hoje. Que compreendam o saudosismo dos fãs dos anos 90, uma época simples, divertida e repleta de descobertas do universo otaku.”

O que você sente ao cantar hoje as faixas clássicas como Os Cavaleiros do Zodíaco e Pegasus Fantasy?

“Sinto-me honrada e privilegiada por fazer parte dos dois mundos de CDZ: da era infantil e da era mais madura.”

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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