Capa do livro 'Quem Tem Medo de Faxina?'
Divulgação
Principalmente após a pandemia, quando a faxina foi incorporada à vida de todos aqueles que costumavam pagar por esse serviço, seus mistérios começaram a ser desvendados.
Prova disso foi a projeção que a ex-diarista Suhellen Kessamiguiemon, autointitulada “a louca do vinagre”, ganhou durante os últimos anos, quando seu perfil no Instagram, o @diario.da.diarista, somou mais de 30 mil seguidores.
Suas dicas rápidas, baratas e eficientes agradaram tanto que viraram livro “Quem Tem Medo de Faxina?” (R$ 24,90, 144 págs.), escrito com Carol Zappa e recém-lançado pela Intrínseca.
Suhellen conta que os cronogramas de limpeza, que criam uma rotina para as tarefas da casa, foram os que mais repercutiram, tanto positivamente quanto negativamente. E que os locais mais sujos costumam ser o banheiro e a cozinha.
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“As pessoas acham que, quanto mais produtos de limpeza, mais sucesso elas terão na faxina. Isso é ilusão. Não precisa de muita coisa para fazer uma faxina eficiente”, diz ela, que costuma de trocar produtos industrializados por receitas caseiras. Daí o fato de ser lembrada por gostar de usar vinagre na limpeza.
“O hábito de acumular coisas dificulta muito a organização. Se as pessoas tivessem isso em mente, talvez o consumo fosse mais consciente.”
O livro conta com ilustrações, esquemas e tabelas para transformar a experiência de arrumar a casa. Foram essas dicas que levaram a jornalista Carol Zappa às redes sociais de Suhellen.
“Fiz uma entrevista com ela, publiquei seu perfil em uma revista e passei a aplicar diversas sugestões em casa. A Suhellen já tinha um material muito rico reunido porque, durante a pandemia, ela fez uma mentoria, por WhatsApp, com o passo a passo da limpeza de casa. Justamente para gente como eu, que tinha várias dúvidas”, conta Carol.
O desafio foi organizar isso tudo no papel, de forma leve, divertida e prática. “Aprendi com a Suhellen como administrar melhor o tempo e organizar a faxina, a partir de cronogramas, que sugerimos no livro e que podem ser adaptados de acordo com a rotina de cada um.”
Carol lembra que o costume de ter diarista é algo da cultura brasileira, que remunera mal um serviço que é muito bem pago em outros países.
“Aqui, o trabalho doméstico costuma ser terceirizado e realizado, esmagadoramente, por mulheres, a maioria negra. Uma herança da escravidão, do machismo e do racismo estruturais no país.”
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.