Após espera ‘angustiante’, Globo estreia Nos Tempos do Imperador
Flavio Ricco|Do R7 e Flavio Ricco

A Globo promove nesta segunda-feira a estreia de “Nos Tempos do Imperador”, sua nova novela das seis, escrita por Alessandro Marson e Thereza Falcão. Uma ficção histórica e também mais uma oportunidade para contar nossa história, com um elenco liderado por nomes como Selton Mello, Roberto Birindelli, Mariana Ximenes, Alexandre Nero, Gabriela Medvedovski e Michel Gomes. A produção deveria estrear em março de 2020, mas, por causa da pandemia, também sofreu com as paralisações. Os autores da trama conversaram com a coluna:
O que o público pode esperar de "Nos Tempos do Imperador"?
AM - É uma sequência de ‘Novo Mundo’, porque seguimos acompanhando a saga da família imperial. Em ‘Novo Mundo’ contamos a história de Dom Pedro I e da Imperatriz Leopoldina. Em Nos Tempos do Imperador, continuamos conhecendo a história do filho deles, Dom Pedro II. Mas ao mesmo tempo em que é uma continuação, é também uma novela bastante diferente. ‘Novo Mundo’ tinha um elemento de aventura e de ação bem presentes. ‘Nos Tempos do Imperador’ será uma história um pouco mais "adulta". Em ‘Novo Mundo’ tínhamos um imperador com vinte e poucos anos. Agora, temos um imperador na faixa dos quarenta. A narrativa, de certo modo, acompanha esta maturidade do protagonista. Mas é importante ressaltar que se trata de uma típica novela das 18h, haverá romance, boas doses de aventura, humor, leveza e muita, muita emoção. Nosso foco é emocionar, sempre.
Sobre o trabalho de reconstituição de época, o que foi mais difícil?
TF - Achamos que tudo foi difícil, por causa das circunstâncias externas. A TV Globo tem bastante experiência e competência para fazer novelas de época, mas gravar uma em meio a uma pandemia foi algo muito custoso, porém instigante. O grande desafio foi contar a história da Guerra do Paraguai com todas estas restrições: poucas pessoas em cena, ausência de contato físico... Mas acreditamos que conseguimos dar conta. A parceria entre autores, direção e produção foi fundamental para que cumpríssemos nosso objetivo. Nos falamos o tempo todo, trocamos ideias e juntos, chegamos às soluções. Mais do que nunca o trabalho em equipe e a boa comunicação entre todas as pessoas envolvidas no processo foi determinante para que fizéssemos esta novela do jeito que a imaginamos.

A novela precisou parar por causa da pandemia. Como foi enfrentar toda essa espera? Lidar com a ansiedade?
AM – ‘Foi angustiante’, principalmente no início, quando tudo foi paralisado e não se sabia quando as atividades seriam retomadas. Mas mesmo com as gravações suspensas, continuamos escrevendo capítulos, mantivemos nossa equipe de colaboradores trabalhando. Claro que num ritmo mais lento, mas em nenhum momento paramos totalmente. Isso, de certa maneira, ‘manteve nossa sanidade’ e nosso foco na história que queríamos contar. Foi muito importante continuar trabalhando durante todo esse período. Aproveitamos para fazer um planejamento mais minucioso, detalhar todos os passos, amarrar bem todos os acontecimentos, o que acabou fazendo com que tivéssemos um produto final mais refinado do que seria possível se continuássemos trabalhando num ritmo acelerado, como é comum numa obra aberta que é exibida enquanto é gravada.
Nos Tempos do Imperador é também uma história de amor?
TF - Uma história, não, várias histórias! Além de contarmos a história de amor proibido entre o Imperador Dom Pedro II e a preceptora das filhas dele, a Condessa de Barral, também mostraremos a luta de Jorge e de Pilar para ficarem juntos. Ele, um fugitivo, escravizado, acusado injustamente de ter cometido um crime. Ela, uma moça que se recusa a casar com o homem que foi escolhido pelo seu pai e decide sair do engenho para fazer algo impensável para uma mulher na época: estudar medicina. Além disso, também exibimos a história de amor entre a princesa Isabel e o Conde D'Eu, entre a princesa Leopoldina e o Duque de Saxe-Coburgo, entre Dolores, irmã de Pilar e Nélio... Haverá histórias de amor para todos os gostos.