Carta aberta ao amigo Caçulinha
Aonde você estiver
Caro amigo,
Quando vim a te conhecer, o cidadão Rubens Antônio da Silva, a quem chamava de senhor, você já era o Caçulinha, cara dos mais respeitados no mundo da MPB. E que todos, naquela altura, tinham aprendido a reconhecer que de música você sabia de tudo e mais um pouco.
Mas nem por isso deixava de ser o Caçula dos amigos, brincalhão, um cara sempre pronto a tomar conta da roda, como o mais animado e divertido de todos. Alguém que nunca permitiu ao mau-humor nem ao menos chegar perto.
O duo Mariano e Caçulinha, depois o programa Meu Pai, Meu Filho, foram só as suas primeiras atividades musicais.
Teve depois o seu regional, foi maestro, arranjador e compositor.
Acompanhou grandes talentos, como Elis Regina, Jair Rodrigues, Chico Buarque, Wilson Simonal e tantos outros. Colecionava momentos deliciosos com todos eles, participando de programas, que foram tantos, e muitos festivais.
Desde o “Perdidos na Noite” até o “Domingão” da Globo, por muito tempo, a sua dupla com Fausto Silva se tornou inseparável e digna, também, de muitas viagens e histórias maravilhosas, das mais divertidas.
Esse é o Caçulinha que nós, os seus amigos, nunca vamos esquecer. Um cara que sempre foi muito do bem, amigo e que nesta viagem ao Céu nem vai fazer escala ou pagar qualquer pedágio.
Descanse amigo. Agora vai ficar um lugar vazio à mesa nos almoços, pizza e jantares, mas você nunca vai sair do coração de nenhum de nós.
Descanse!
Assinado: Dos seus amigos
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