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Denúncia do jornalismo da Record liberta 18 cortadores de cana 

Flavio Ricco|Do R7 e Flavio Ricco

André Azeredo em reportagem sobre o caso
André Azeredo em reportagem sobre o caso André Azeredo em reportagem sobre o caso

Um trabalho realizado pelo jornalismo da Record, e exibido no “Domingo Espetacular”, em sua edição do dia 10 de julho, terminou em final feliz para 18 cortadores de cana mantidos em situação análoga à escravidão. Graças à participação da reportagem e à ação das autoridades essas pessoas foram libertadas.

A reportagem do Núcleo Investigativo da emissora levou o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal a desvendarem esse crime que explodiu no interior de São Paulo.

Depois da denúncia, 18 trabalhadores foram resgatados.

Os trabalhadores rurais estavam sem salário e viviam em condições semelhantes à escravidão.

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Todos foram resgatados depois que a denúncia chegou ao jornalismo da Record.

O “Domingo Espetacular” acompanhou a investigação e o flagrante do Ministério Público e da Polícia Federal.

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As vítimas recebiam 40 reais para trabalhar até 16 horas por dia.

E praticamente não tinham nem o que comer. Às vezes, farinha com água, sal e cebola.

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Dez homens estavam em Guariba, a 340 quilômetros de São Paulo e foram cruelmente enganados.

Na casa, somente um banheiro, não havia móveis e tinha uma geladeira que não funciona direito. Vazia. Uma triste condição de higiene.

Os trabalhadores rurais maranhenses foram atraídos por uma proposta: cortar cana em uma fazenda em Ribeirão Bonito, região próxima a Ribeirão Preto, em troca de um bom dinheiro, mas não foi isso que encontraram. Foi o início de um pesadelo.

Os equipamentos de trabalho, uma obrigação do contratante, também eram precários e ofereciam riscos a todos.

Desesperados com a situação, os trabalhadores pediram ajuda por meio de uma mensagem ao jornalismo da Record. Um deles havia acompanhado uma reportagem semelhante feita pela emissora.

A equipe se dirigiu para Guariba e, ao entrar na casa onde os trabalhadores estavam alojados em condições precárias, foi denunciada por vizinhos e passou por momentos tensos.

O capataz que contratou a maioria dos homens rondava a casa.

Constatou-se que os trabalhadores têm medo dos fazendeiros e dos recrutadores conhecidos como gatos.

Levados pelo medo, eles escondiam das famílias a sua real situação.

Depois de verificar as condições do que deveria ser um alojamento, de conversarem com os trabalhadores e quase serem pegos pelos recrutadores da mão de obra, os repórteres levaram o caso ao conhecimento das autoridades.

E conseguiram que fosse realizada uma operação de resgate.

No dia 8 de julho, com o suporte da Polícia Federal, o Ministério Público do Trabalho resgatou não só os dez maranhenses como também outros 8 trabalhadores que estavam em situação análoga à escravidão e que viviam na vizinhança.

Os números mostram que as denúncias de trabalho análogo à escravidão aumentaram na região de Ribeirão Preto(SP) de forma descontrolada.

De 3 denúncias, em 2020, para 27 em 2021 e 18 até julho de 2022.

Bolsões de miséria no País colaboram para esse triste quadro.

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