Morre o repórter esportivo Roberto Carmona
Flavio Ricco|Do R7 e Flavio Ricco
O rádio de São Paulo foi surpreendido com a triste notícia do falecimento do jornalista Roberto Carmona, na madrugada deste domingo.
Aos 86 anos, ele passou recentemente por uma cirurgia na coluna, mas acabou sendo vítima também de uma infecção. Estava internado em UTI.
Carmona veio do Paraná para o rádio de São Paulo em 1963, para a equipe da rádio Record, que tinha Braga Junior, Orlando Duarte e Cláudio Carsughi como principais nomes.
Passou também pela Jovem Pan, Gazeta, Bandeirantes, Excelsior, Nacional e Globo. Ainda nos anos 90, começou a trabalhar com Eder Luiz, primeiro na Band FM e depois na Transamérica FM, onde estava até hoje, participando normalmente dos seus programas e transmissões.
Carmona era viúvo. Há cerca de um ano, perdeu a mulher, o grande amor de sua vida.
Fausto Silva, que também foi repórter esportivo como Carmona, escreveu sobre o companheiro:
O Carmona viveu bastante e intensamente. Como gostava do trabalho. Tinha uma vitalidade impressionante e estava sempre animado. Esse entrou no jogo da vida e curtiu como ninguém o amor pela profissão. Sempre com ética e dignidade.
Odinei Edson, narrador, que trabalhou com Carmona, escreveu:
Passei bons momentos com o Carmona. Saudade. Que tenha uma passagem tranquila.
Cleber Machado falou sobre o aprendizado com o amigo:
Roberto Carmona… Vida plena e feliz.
Aprendi duas lições com o Carmona. Eu com meus 20 anos.
Primeira: volante não precisa dar mais de dois toques na bola nem correr com ela (nos jogos da Rádio Globo).
Segunda: repórter não precisa mostrar que sabe tudo. Mesmo que conheça o assunto, faça perguntas ao entrevistado (grande lição para um jovem começando na reportagem).
Roberto Carmona… Na paz que merece.
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