TVs e streaming têm territórios marcados, mas convivem harmoniosamente
Flavio Ricco|Do R7 e Flavio Ricco

O streaming caiu na graça dos brasileiros. Além de poder assistir o conteúdo que quiser, a hora que quiser e onde quiser, ainda usa a liberdade para lançar formatos novos e originais que, de certa forma, não teriam espaço nas grades de programação da TV aberta.
Porém, algumas produções que foram destaque esse ano nestas plataformas poderiam chegar a um maior número de pessoas. E a televisão, fatalmente, seria esse veículo de maior propagação.
A série "Sintonia", da Netflix, é um dos exemplos. Ainda que considerada uma "Malhação da favela", a história do trio de amigos que lidam diretamente com a música, o crime e a igreja poderia conquistar o público jovem, que a TV não tem dispensado a merecida atenção.
Dando um passo à frente, já faz um tempo que a Globo também exibe produções originais do Globoplay. Mas uma produção deste ano, ao menos até agora, não tem previsão de ocupar a grade da emissora em 2022 e está passando em branco: a segunda temporada de "Segunda Chamada". Com apenas seis episódios, a produção estrelada por Débora Bloch trouxe várias mensagens importantes sobre inclusão social, violência doméstica e, claro, o sucateamento da educação pública. Mensagens importantes que valeriam ser difundidas na televisão.
Se humorísticos inéditos andaram em falta em 2021, exibir a produção "LOL Brasil: Se Rir, Já Era", em cartaz na Amazon Prime, poderia funcionar na TV aberta. A atração tem bons ingredientes: os melhores comediantes e o clima de reality show, coisa que público sempre tem grande interesse.
É claro que, no geral, existem dificuldades para a migração destas produções, até pela enorme burocracia que cada plataforma se cerca.
Mas essa troca de figurinhas, streaming e TV aberta, para o bem de todos, deveria se ampliar nos próximos tempos. São opções que se somam.