Aceleramos! Toyota Yaris chega com motor arrojado, mas preço é salgado
Compacto premium da montadora japonesa já vendeu quase 7.000 unidades entre julho e agosto, mas tem pela frente rivais como o Argo, o Polo e o Fit
Garagem R7|Do R7 e Raphael Hakime
É ponto pacífico que o Toyota Yaris nasceu para se posicionar entre o Etios, para o qual muita gente ainda torce o nariz no Brasil, e o Corolla, que caiu no gosto e virou "queridinho" do público brasileiro.
Com design de linhas afiladas, suspensão equilibrada e um motor potente (veja o carro dos melhores ângulos abaixo), o novo hatch da montadora japonesa desembarcou no mercado para duelar com Fiat Argo, VW Polo e o Honda Fit — neste caso, uma espécie de briga asiática em território brasileiro. E essa briga será boa.
A reportagem do R7 dirigiu a versão XLS (top de linha) do compacto premium e constatou que a montadora japonesa apostou alto no veículo.
O carro é confortável, estável, conta com um motor que responde bem ao pé do motorista e vem com um design muito mais arrojado que o Etios.
Mas, para ter tudo isso na garagem, o consumidor vai precisar desembolsar quase R$ 80 mil para ter o modelo topo de linha — equipado com motor 1.5, teto solar, sensor de chuva, maçanetas cromadas, lanternas em LED e sete airbags.
Câmbio
A proposta em ser premium (e longe de ser "gourmet") do veículo está retratada nas opções de câmbio — apenas a versão de entrada é equipada com câmbio manual.
Todas as outras já vêm com a opção automática CVT. A troca de marchas desse câmbio é bastante suave e, quando necessário, antecipa as trocas de marcha para dar mais velocidade ao veículo. Essa combinação permite agradável dirigibilidade.
Painel
A harmonia do painel do Yaris merece destaque. A central multimídia é bastante simplista, mas oferece toda a integração com dispositivos diversos, desde os smartphones até um simples pen drive.
No volante, o motorista pode controlar o sistema de som e o computador de bordo — nenhuma grande novidade ao que o mercado já oferecia. Também estão ao alcance da mão esquerda os controles de estabilidade (VSC) e de tração (TRC).
A iluminação com tons de roxo e o acabamento em couro do volante conferem um requinte extra para o veículo.
Ao volante
As impressões ao dirigir são muito positivas. Ao assumir a direção, o motorista já se sente abraçado pelos bancos em couro — a ergonomia merece destaque.
O conforto para os passageiros também é destacável, mesmo para quem anda atrás. Isso vale, claro, para quatro pessoas dentro do veículo — no entanto, o quarto ficará desconfortável entre os bancos traseiros.
Quando o tanque está cheio com etanol, a potência dos 110 cavalos do motor (105 cv a gasolina) atende bem. Mesmo em situações que exigem mais torque, numa ultrapassagem por exemplo, o motor 1.5 flexfuel não decepciona.
Compraria?
O Yaris terá um grande desafio pela frente: encarar o Fit, o Argo e o Polo — esses dois últimos, também relativamente novidades no mercado. O preço do Yaris é salgado, uma vez que a versão topo de linha beira R$ 80 mil.
A carta na manga da Toyota é que o valor praticado está muito próximo do que a Honda pede pelo Fit, a Fiat cobra pelo Argo e a Volkswagen sugere para o Polo. A disputa entre eles é interessante, porque cada um tem sua virtude e seus defeitos, mas a compra vale a pena.
Os números da Fenabrave (federação das montadoras) já dão pistas para o futuro da disputa. Em julho e agosto, dois meses completos em que o Yaris já estava nas concessionárias, a Toyota negociou quase 7.000 unidades.
No mesmo período, a Honda conseguiu emplacar mais de 4.000 unidades do Fit, a Volkswagen vendeu 12.371 veículos Polo e a Fiat emplacou 11.642 unidades. Então, é bom a montadora japonesa se preparar. O páreo é duro.
Preços
Versão hatchback
XL 1.3L 16V manual — R$ 59.590
XL 1.3L 16V CVT — R$ 65.590
XL Plus Tech 1.3L 16V CVT — R$ 69.590
XS 1.5L 16V CVT — R$ 74.590
XLS 1.5L 16V CVT — R$ 77.590
Versão sedã
XL 1.5L 16V manual — R$ 63.990
XL 1.5L 16V CVT — R$ 68.690
XL Plus Tech 1.5L 16V CVT — R$ 73.990
XS 1.5L 16V CVT — R$ 76.990
XLS 1.5L 16V CVT — R$ 79.990
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.