Civic 2020 capricha no conjunto, mas continua no retrovisor do Corolla
Rodas de liga leve com acabamento grafite brilhante conferem mais esportividade ao sedã, que chega com poucas mudanças do lado de fora
Garagem R7|Raphael Hakime, do R7
Desde 2018, você já conhece o Honda Civic como ele é hoje. Design arrojado, vincos marcantes, símbolo de esportividade e um visual modernista fazem parte do ‘cardápio do sedã’, que ainda inclui, no interior, recursos tecnológicos de sobra, conforto razoável tanto para quem dirige como para o passageiro e segurança caso você precise.
Em 2020, o sedã é praticamente o mesmo de dois anos atrás, apesar de mudanças pontuais do lado de fora e alguns mimos no interior — a reportagem dirigiu a versão EXL CVT e traz as impressões a seguir.
A começar pelo exterior, o Civic tem agora um novo para-choque um pouco mais alongado. A grade frontal e molduras laterais do para-choque ganharam um acabamento cromado (a exceção é a versão Sport). Outro detalhe que merece destaque são as rodas. Feitas de liga leve e com aro 17, têm acabamento em grafite brilhante e refinam ainda mais o carro.
Do lado de dentro, o modelo 2020 vem com mais tecnologia. Por exemplo, o sistema de monitoramento de pressão dos pneus agora vem em todas as versões. Caso uma das rodas esteja com baixa pressão, a tecnologia avisa o motorista no painel do veículo. Daí, é só parar num posto e calibrar.
No caso da versão EXL, ainda tem sensor de chuva e a partida do carro no botão (a chave pode permanecer no seu bolso, por exemplo). Outro mimo dessa versão é a saída de ar-condicionado para quem anda no banco de trás, combinada ao sistema de duas zonas (também disponível na versão Touring, a topo de linha).
Ao volante, o Civic mantém o conforto e a potência que todo motorista gosta. O motor, 2.0 16V Flex, atende ao pé direito, embora precise de um respiro para ganhar velocidade. A transmissão automática CVT, com aquelas borboletinhas atrás do volante, são um recurso especial. Esse câmbio, como já falamos aqui neste espaço antes, não tem solavanco. A troca de marcha é suave e você não sente.
Quanto à segurança, o carro conta com 6 airbags (frontais, laterais e as cortinas). Sistemas eletrônicos de tração e estabilidade e de distribuição dos freios colaboram para essa gama de recursos de proteção.
Agora, em relação ao bolso, o motorista precisa saber que se trata de um carro de 1.700 kg. Isso sempre impacta a eficiência do carro, que fez uma média de 9,5 km/litro na cidade com gasolina (não aceleramos na estrada).
Para completar, para colocar um Honda Civic EXL na sua garagem, você precisa desembolsar ao menos R$ 114,1 mil — pintura metálica e acessórios engordam esse valor, claro.
Corolla na mira
A categoria de veículos do Civic é a dos sedãs médios e tem o Toyota Corolla como líder isolado — o que faz os concorrentes penarem para chegar aos números do sucesso da montadora japonesa.
Em 2019, o Corolla encerrou o ano com 56.727 unidades vendidas — o que corresponde a uma fatia de 43,2% do mercado de sedãs médios. O Civic ocupa a segunda colocação isolada da categoria, mas vendeu metade do Corolla no ano passado — 27.318 unidades (participação de 20,8%).
Depois, correm por fora o Chevrolet Cruze (17.829 exemplares negociados), o VW Jetta (11.248 carros vendidos) e o Nissan Sentra em 5º lugar em vendas em 2019 (3.189 veículos).
Os números mostram que as duas montadoras japonesas — Toyota e Honda — respondem pela venda de 6 em cada 10 sedãs médios. Apesar da supremacia, a escolha do cliente passa pelo design contemporâneo, da tradição do ‘carro que não quebra’ e dos variados itens de segurança e tecnologia de Civic e Corolla. E aí, quem leva a melhor em 2020?
Veja mais cliques do Civic EXL 2020 em frente ao Estádio do Pacaembu:
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