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SP arrecada R$ 7 mi com carta para dirigir no exterior e projeta recorde

Emissão do documento para conduzir em outros países custa R$ 291,83 no Estado de São Paulo e vale pelo mesmo período da CNH tradicional

Garagem R7|Raphael Hakime

Tirar a PID pode evitar dor de cabeça no exterior
Tirar a PID pode evitar dor de cabeça no exterior

Uma viagem de férias para o exterior requer planejamento prévio, que vai desde a quantidade de dinheiro a levar e a escolha de lugares a serem visitados até o meio de transporte para chegar até elas. Mas isso pode custar alguns reais a mais, especialmente se você tiver que tirar o documento para dirigir 'na gringa'.

Escolher o carro significa se livrar da hora marcada do transporte coletivo e ainda sentir a sensação de liberdade atrás do volante. Mais que isso: o brasileiro ganha a experiência de dirigir outros modelos e acelerar por rodovias e ruas diferentes das brasileiras.

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Para isso, supostamente, basta ao brasileiro ter a CNH em dia se não for dirigir por mais de 180 dias no exterior — veja aqui os países que fazem parte da Convenção de Viena e permitem ao motorista dirigir no exterior só com a carteira de habilitação.

Porém, há relatos de turistas brasileiros que foram parados em rodovias europeias em que CNH brasileira não foi suficiente — especialmente na Itália.


A PID (Permissão Internacional para Dirigir) é a solução para isso, uma vez que vem traduzida para 7 idiomas, é internacionalmente reconhecida e pode facilitar a conferência das informações do condutor. Mas custa caro.

No Rio, o Detran cobra R$ 144,68 pelo documento — veja o valor exato da PID no Detran do seu estado. Em São Paulo, o custo de emissão da PID é de R$ 291,83. Se você quiser receber em casa, o acréscimo é de R$ 11 para bancar as despesas de envio — clique aqui para pedir o documento.


Para comparar, a renovação da CNH comum no estado custa R$ 54,77 (taxa do Detran-SP) — custo que sobe porque o condutor ainda precisa fazer exame médico (R$ 87,55) e ser avaliado por um psicólogo (R$ 102,14). Total: R$ 244,46.

O alto custo da PID se reflete nos cofres. O blog solicitou dados via LAI (Lei de Acesso à Informação) e descobriu que o estado arrecadou R$ 11,3 milhões com a PID em 2018 — mais que os R$ R$ 4,7 milhões obtidos 5 anos antes, em 2018.


Agora, para 2019, a tendência é renovar o recorde do período. Nos primeiros seis meses do ano, os pedidos de PID reforçaram os cofres paulistas em mais de R$ 7 milhões — informações mais recentes disponíveis para 2019. Ainda faltam mais seis para fechar a conta (veja dados no quadro ao final do texto).

Questionado sobre qual a destinação do dinheiro arrecadado com a PID, a Secretaria Estadual de Fazenda e Planejaento informou que se tratam de "recursos que integram o Tesouro do Estado sem destinação específica, nos termos da Lei nº 15.266/2013".

Independentemente do custo, esse é o tipo de documento que você tira para não usar. Mas, se precisar, estará ali, à mão, e pode evitar uma enxurrada de problemas com as autoridades locais se você estiver ao volante.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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