"O Outro Lado do Paraíso" é novela 'Galvão Bueno': amamos odiar
Porque amamos odiar uma das novelas mais criticadas da história da Globo, que chega ao fim com recordes de audiência
Keila Jimenez|Do R7 e Keila Jimenez

Não são poucas as gafes, pontas que não se amarram, erros de continuidade, diálogos insanos e deixas de novela mexicana em "O Outro Lado do Paraíso", que chega ao fim nesta sexta-feira (11), na Globo.
Mas a trama que apanhou de tudo e de todos bombou em audiência e nas redes sociais bem mais do que folhetins aclamados pela crítica.
Nesta jornada de amor e ódio, "O Outro Lado do Paraíso" entrou para o time de Galvão Bueno na TV. O time dos que amamos odiar. Xingamos, detonamos, criticamos e estamos lá, assistindo de novo, comentando, reprovando, twittando...
Como não se revoltar com os 'mortos' que voltam "vivos" do nada? Marcelo Novaes, Clara, Mariano...
Como crer que a mignon Sophia (Marieta Severo) conseguiu defenestrar com uma tesoura 'homões' como Rato [Cesar Ferrario], Laerte (Raphael Vianna) e Mariano (Juliano Cazarré)? Tá, esse não morreu, mas foi por pouco.
Como acreditar que Mariano, todo picotado na tesoura, salvou-se ao ser remendado ao estilo espantalho, com linha e agulha de costura, por Zezé Motta?
Como torcer pela anã cinderela, Juliana Caldas, que passou metade da novela se vitimizando e querendo casar?
Como não ter pena de Fernanda Montenegro, atriz indicada ao Oscar, que não ficou um só dia sem ouvir vozes, sussurros e ventanias que não diziam nada que não soubéssemos?
Como não comprar um aparelho de audição para Josafá (Lima Duarte), que passou a história inteira gritando : "Merceeeeedessss", "Claaaaaraaaa!!!"
Como superar a franja cortada no moedor de carne e o figurino à vácuo de Clara (Bianca Bin)?
Como não contratar Patrick (Thiago Fragoso), advogado que ganha todas as causas, sempre, seja lá em que instância, vara e tribunal for?
Como não correr para fazer B.O de qualquer coisa na delegacia que tem sempre com dois gatos de plantão : Nicolau (Alexandre Claveaux) e o delegado Bruno (Caio Paduan)?
Como não contratar Beth (Glória Pires) para dar cursos para alcoólatras que querem se curar do vício do nada, assim, da noite para o dia, sem internação, sem acompanhamento, sem medicamentos?
Como não dar um prêmio para a desacreditada Ellen Roche, a melhor atriz dessa novela?
Resumindo: como não amar odiar "O Outro Lado do Paraíso" até o seu minuto final?