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Melhor Não Ler
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Brasileiro não é pobre por acaso, há muito empenho envolvido

Esforços para viver na pindaíba incluem gastar dez vezes mais com jogos do que com livros e comprar tudo financiado

Melhor Não Ler|Do R7


Brasileiro faz o dinheiro voar
Brasileiro faz o dinheiro voar

Há ciência por trás do miserê do brasileiro e o post de hoje vai provar isso até para a mais cética das criaturas. Eis aqui os principais fundamentos do CP, o famoso Ciclo da Pindaíba:

• Gastar mais do que ganha;

• Fazer financiamentos a juros estratosféricos.

Mas não pense que praticar esses fundamentos é moleza! É preciso manter uma disciplina exemplar que inclui, no mínimo, os 5 passos abaixo:

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1. Jamais anote o que ganha e o que gasta – diga que é muito difícil, que toma muito tempo e que isso é coisa de rico, afinal, pobre não tem o que anotar;

2. Nunca faça contas antes de torrar dinheiro – se o salário não der para pagar a gastança, entre no limite da conta xingando o banco por cobrar juros (mas não viva sem pagar toda a exorbitância, repetindo o processo mês após mês);

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3. Parcelas, boletos e carnês são os melhores amigos da penúria – não deixe ninguém lhe convencer de que é possível juntar dinheiro para comprar à vista. Diga que pobre se vira para pagar boleto de R$ 300, mas jamais conseguiria guardar os mesmos R$ 300 porque quem guarda dinheiro é rico;

4. Compre um carrão para posar de ricão e fique ainda mais pobrão – se puder comprar um carro de R$ 30 mil, não faça isso! Prefira dar todo valor de entrada e comprar um de R$ 100 mil. Assim, os R$ 70 mil financiados se transformarão em R$ 150 mil em apenas 60 meses (que passam rapidinho). Na hora de vender, o carrão terá virado carrinho e custará aqueles R$ 30 mil que você já tinha. Perder mais de R$ 80 mil nessa brincadeira vai garantir que você nunca tire o pé da lama;

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5. Repita diariamente um dos MPs, os Mantras da Paupérie (ou todos, se deseja acelerar o processo): “não ligo para coisas materiais”, “quem trabalha não tem tempo de ganhar dinheiro”, “salário foi feito para gastar”, “quem nasceu pra tostão nunca chegará a milhão” e “prefiro ser pobre do que ser doente” (afinal, rico saudável não existe).

E para turbinar ainda mais a jornada rumo à miséria, siga esses exemplos oficiais:

Brasileiros gastaram R$ 23,2 bilhões com apostas em loteria em 2022. O montante é dez vezes maior do que despesas com livros. Lembre-se de que livros são caros, enquanto a ignorância é grátis;

Quase 50% da população entraria em pirâmides financeiras segundo um experimento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Vá em frente, firme no que profetizou Dilma Rousseff, atual presidenta do Banco dos BRICs: “não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder!”

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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