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Melhor Não Ler
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Chegou o Guia Prático para Carnaval Politicamente Correto

Atenção: vale tudo nos dias de folia, menos infringir as leis soberanas impostas pelas sentinelas da verdade plena

Melhor Não Ler|Do R7


Que felicidade saber que agora temos um Guia Prático para direcionar a nossa vida, ditando tudo o que podemos fazer, falar e pensar, não é mesmo? Vai que a gente, sem nem mesmo saber, dá uma bobeira e fala, faz ou pensa alguma coisa politicamente incorreta? “Duezolivre”!

Como o Carnaval está se aproximando, precisamos saber o que pode e o que não pode, segundo o nosso idolatrado politicamente correto, ou PC para os íntimos. Afinal de contas, não é porque folia não tem regra que vamos arriscar a nos divertir ferindo os sentimentos dos outros, né não?

Para ajudar você, caro leitor, preparamos um resuminho do Guia Prático para Carnaval Politicamente Correto para você já entrar no clima sem causar nenhum climão. Anote aí as fantasias que você não pode nem pensar em usar e os motivos para tais proibições:

Camisa da seleção brasileira – fascista. Prefira vestir-se de vermelho e levar nas mãos uma foice e um martelo, símbolos de uma ideologia genocida, mas que as pessoas acham bacaninha. • Bandeiras do Brasil – ufanismo. As bandeiras só estão liberadas para serem pisoteadas, o que seria a representação do termo “sambar na cara da sociedade”.

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Índio – antes de mais nada, dobre a língua, o termo correto é indígena. Não devemos nos vestir de pessoas marginalizadas.

Roupas típicas de outros países, como gueixa, esquimó etc. – apropriação cultural. Prefira vestir-se de Donald Trump com uma corda ao redor do pescoço ou algo que expresse todo o seu ódio do bem contra o capitalismo malvadão.

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Mendigo – xenofobia. Prefira fantasiar-se de rico e puxar o coro: “rico, ladrão, explorador e safadão!”

Homens se vestirem de mulher – preconceito. Embora o PC diga que roupa não tem gênero, homens não podem se vestir de mulher porque “roupa de mulher não é fantasia”. Já as mulheres podem se vestir de homens porque elas podem tudo, o futuro é feminino e os homens são apenas alegorias e alegorias têm tudo a ver com Carnaval.

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Muçulmano, umbandista, monge budista etc. – intolerância religiosa. Prefira vestir-se de crente, freira, padre ou pastor.

Branco se travestir de negro – racismo. Mas negro pode se travestir de branco para expor o patriarcado machista e opressor.

Loola com roupa de presidiário – a alma mais honesta deste país não pode ser maculada.

Ministros do STF – a menos que você queira ir para o xilindró, não ouse.

Nada escapa dos tentáculos do PC. Nem mesmo a folia do vale-tudo.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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