Chips inteligentes e humanos desligados: deu ruim no progresso?
De um lado, robôs faz-tudo e inteligência artificial; do outro, dancinhas por likes e analfabetismo funcional
Melhor Não Ler|Do R7
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Durante décadas, acreditamos que o futuro seria um espetáculo de progresso. Robôs fazendo nosso café, doenças erradicadas e humanidade mais sábia e racional. Pois bem, chegamos lá! Ou não…
O que automatizamos foram os filtros de selfie (com estéticas de gosto duvidoso) e as compras por impulso (de coisas inúteis com dinheiro que não se tem).
Esperávamos que a inteligência artificial trabalharia em nosso favor, como um assistente altamente competente, capaz de nos proporcionar tempo livre para usarmos em nossos grandiosos e espetaculares projetos (aqueles que nunca encontrávamos tempo para nos dedicar).
Mas o uso do tempo livre tem sido uma ode à estupidez: dancinhas ridículas no “TocToc” em troca de coraçõezinhos digitais de gente que (igualmente) não tem o que fazer (ou até tem, mas não faz).
Achávamos que as máquinas fariam todo o trabalho pesado, mas não pensávamos que isso incluiria pensar pelos humanos. Previmos robôs superdesenvolvidos e humanos evoluídos, mas só acertamos metade: os robôs realmente estão evoluindo.
Falávamos em colonizar Marte, mas como, se ainda há quem não consiga interpretar um texto de três parágrafos e muito menos calcular 15% de 250?
Sonhávamos com o teletransporte, mas eis o que conseguimos: pessoas que se transportam para vidas imaginárias nas redes sociais. E o mais impressionante: elas acreditam que isso é vida.
O futuro prometia conexão global e, de certa forma, entregou horrores: todos estão conectados, o tempo todo, com todo mundo, mas completamente desconectados de si mesmos (e da realidade).
E o que dizer da busca constante por segurança? Não podemos usar álcool 70%, nem atravessar fora da faixa, mas dizem que é super saudável trocar comida de verdade por proteína sintética feita em laboratório. Confia!
A tecnologia cumpriu sua parte: evoluiu, otimizou, conectou. Só esqueceu de levar o usuário junto. Pensando bem, talvez o futuro não tenha dado ruim. Talvez tenha dado muito certo e tudo esteja saindo exatamente como planejado…
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