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Descoberta síndrome que acometia alemães orientais

Após 32 anos, é descoberta a causa de os alemães orientais terem corrido para o ocidente quando o muro de Berlim caiu

Melhor Não Ler|Do R7

Alemães orientais correram para o ocidente quando o muro de Berlim caiu
Alemães orientais correram para o ocidente quando o muro de Berlim caiu

Síndrome da Falta de Senso de Direção ou SFSD. Esse é o nome da condição que acometeu milhões de cidadãos que habitavam a antiga Alemanha Oriental. Para entender a importância da descoberta, cujas pesquisas foram financiadas por socialistas de várias partes do mundo, é necessário analisar o contexto histórico.

Em 1961, durante a Guerra Fria, a Alemanha foi dividia em duas partes: o lado oriental, socialista, liderado pela antiga União Soviética, e o lado ocidental, capitalista, liderado por Estados Unidos, França e Inglaterra. Depois da divisão, levas de milhares de alemães passaram a fugir para o lado capitalista e, para evitar que isso acontecesse, a União Soviética decidiu, em comum acordo com a Alemanha Oriental, erguer uma grande sebe, batizada de Muro de Berlim, dividindo fisicamente os dois lados e impossibilitando a migração.

Segundo os socialistas, essa fuga do lado oriental não ocorreu porque o regime político era ruim – como os capitalistas insistem em dizer – mas sim, porque na Alemanha Oriental houve um surto da Síndrome da Falta de Senso de Direção, a SFSD. O cientista responsável pelos estudos, Garcia Español, é muito respeitado entre os socialistas e comunistas por ter sido médico de um dos maiores ditadores do mundo, Alejandro Ruz. Embora Español seja muito rico e viva na Europa, ele acredita que líderes socialistas (principalmente os que dizem que a saúde de seu país é a melhor do mundo) têm o direito de recorrer a médicos estrangeiros, ainda que para isso tenham de recorrer ao maior símbolo do capitalismo, o dinheiro.

“A SFSD, causa desorientação e as pessoas se tornam incapazes de se locomoverem com exatidão, ou seja, elas ficam geograficamente perdidas, achando que estão voltando quando, na verdade, estão indo”, afirmou o cientista e acrescentou: “Vimos que esse fenômeno foi a causa de milhões de alemães orientais tentarem ir para o outro lado durante os 28 anos que o muro esteve de pé. Eles pensavam que suas espeluncas, digo, residências, se encontravam do outro lado. A condição se agravou ainda mais quando o bloqueio físico lhes foi tirado, pois perderam a referência que os mantinha presos, digo, seguros, no melhor dos lados, o socialista, claro.”


Uma das diversas equipes de TV que registrou a queda do Muro de Berlim, em 1989, e testemunhou milhares de pessoas correndo do lado oriental para o ocidental, conversou com uma senhora que não podia entender o motivo de tanto tumulto. “Por que essas pessoas estão correndo desesperadas para o lado ocidental? Essa gente não percebe que só encontrará problemas?” questionava a cidadã que exibia um broche com uma foice e um martelo. Quando o repórter lhe perguntou quais problemas havia no ocidente, ela respondeu: “Companheiro, aqui em Berlim Oriental eu faço mercado em menos cinco minutos. Só há uma única opção para a meia dúzia de produtos disponíveis e isso otimiza meu tempo e me mantém esbelta. Mas na Berlim capitalista, só de iogurte dizem que há mais de trinta tipos! Quem precisa de trinta tipos diferentes de iogurte? Quem tem tempo para escolher entre tantas opções? Aliás, quem precisa de iogurte quanto há batatas? Alemães precisam é de batatas!”

Uma vez descoberta a causa real de tamanha migração, a versão dos capitalistas de que a corrida se deu pelo fato de o socialismo ser ruim cai por terra. Desta forma, os socialistas provam que não há nada de errado em seu regime político totalitário que luta, custe o que custar, pela igualdade. No socialismo está mais do que provado que toda a população sempre será igualmente pobre. Menos quem está no poder, claro.

Esta crônica é uma ficção, mas poderia não ser...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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