Durante férias escolares, políticos descobrem como acabar com congestionamentos
Engarrafamentos atrasam a vida dos cidadãos e custam caro, mas políticos já têm a solução para o problema
Melhor Não Ler|Do R7
Se você chegou a pensar que os políticos decidiram ampliar o metrô, investir em transporte público ou melhorar a qualidade do asfalto Brasil afora, é claro que errou! Tudo isso custa caro (embora os cofres públicos estejam mais abarrotados de dinheiro do que nunca) e leva muito tempo (político brasileiro gosta é de imediatismo e tapar o sol com a peneira).
As ruas estão todas esburacadas ou há diversos locais com enchentes? Zero problema! É só sinalizar com placas: “Cuidado, buracos na pista!”, “Cuidado, área sujeita a alagamentos”. E para deixar tudo bem “simpatiquinho” é só colocar uns desenhinhos: um carrinho desviando de um buraco ou uma nuvenzinha derramando gotinhas. Fica tão fofinho! Bem, não é à toa que político brasileiro seja fascinado por placas, não é mesmo? Elas resolvem quase tudo!
Agora, quanto aos congestionamentos no trânsito, infelizmente, as placas não resolveram o problema. Algumas prefeituras bem que tentaram usar as placas, mas infelizmente não deu certo. Nem mesmo os painéis de LED deram conta. Em São Paulo, por exemplo, os dizeres piscantes “Evite esta via, use rota alternativa” não funcionaram, até porque, a pessoa já estava na via congestionada. Enfim...
Mas, apesar de a solução ter levado mais tempo, ela finalmente chegou! Nossos políticos incríveis perceberam que o trânsito fica muito melhor durante as férias escolares, então, resolveram acabar com as escolas!
A decisão é tão sensacional que vai solucionar uma série de demandas da sociedade: não teremos uma circulação melhor só nas férias, mas o ano todo; os pais não terão que levar os filhos à escola nem gastar com vans escolares, e as crianças não serão expostas ao estresse que as aulas causam (lembre-se de que você também não gostava de ir à escola).
Por último, a medida vai trazer o que todo mau político tanto quer: desenvolver uma sociedade tão alienada e estúpida até que todos creiam que o SUS é de graça, que empresas públicas produzem riqueza para os cidadãos e que o Estado irá suprir todas as suas necessidades.
Esta crônica, em parte, é uma ficção, embora traga muitas verdades.
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