Gente, é o seguinte, quando vocês precisarem abafar algum fato inconveniente sobre vocês mesmos, usem a estratégia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE): criem uma expressão que pareça significar alguma coisa superintelectual, ainda que não signifique nada.
Tribunal Superior Eleitoral: "desordem informacional", expressão que pode parecer algo intelectual, mas não significa nada
Marcelo Camargo/Agência BrasilOu seja, inventem algo que, apesar de não fazer o menor sentido, dê a impressão de que as pessoas que não entenderam é que não têm capacidade intelectual para captar a mensagem. Assim elas ficarão envergonhadas e, portanto, caladas.
Por exemplo: se você roubar doce de alguma criança e alguém disser que vai contar ao pai dela que você é um ladrão, impeça-a de fazer isso mandando seus amigos dizerem que ela não pode praticar “coscuvilhice e detração” contra você. A pessoa não vai entender nada, mas, como são palavras impactantes, ela vai deixar você em paz.
Veja o exemplo da decisão do TSE que manda a produtora Brasil Paralelo tirar do ar informações reais que vinculam Lula a vários esquemas de corrupção praticados em seu governo. Apesar de ser tudo verdade — e de o próprio TSE afirmar que não são “fake news” —, eles alegam que é um caso de “desordem informacional” (olha aí a expressão em ação) e que as pessoas vão tirar conclusões falsas.
Agora, faz algum sentido para você que o fato de dizer a verdade vai levar as pessoas a concluírem a mentira?
É por essas e outras que a gente sempre avisa que é melhor não ler...
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