Em nome da inclusão, teremos o Dia do Asno
Se existe o Dia Mundial do Cachorro e o Dia Internacional do Gato, nada mais justo que tenhamos também o Dia Nacional do Jumento
Melhor Não Ler|Do R7

Saibam os desavisados que agosto é o mês que celebra a existência dos dois animais domésticos mais populares do planeta: o Dia Mundial do Cachorro (26) e o Dia Internacional do Gato (8). Já em 14 de setembro se comemora, no Rio Grande do Sul, o Dia do Cavalo, em conjunto com a Semana Farroupilha. Há até mesmo um dia para os pernambucanos homenagearem o Cavalo-Marinho: 29 de junho, ainda que seja, na verdade, em referência à brincadeira que leva esse nome e não ao peixe em si.
O fato é que, além de serem confundidos com burros, os jumentos não tinham um dia em sua homenagem, o que obviamente é um despropósito em plena era da inclusão e da empatia. Além do que, o número de asnos no Brasil justifica o estabelecimento de uma data para que todos os brasileiros reflitam sobre o que os jumentos têm feito para que o nosso amado país seja exatamente como ele é.
Para corrigir tamanha falta de empatia com os bichinhos, o Projeto de Lei nº 561 de 2021 propõe que 13 de maio passe a ser o Dia Nacional do Jumento. E para que ninguém mais se confunda, aqui vai uma explicação científica e inclusiva sobre as diferenças entre jumentos e jumentas, cavalos e éguas e burros e bestas (lembrem-se da regra politicamente correta de citar tudo no masculino e no feminino):
Cavalos e éguas são equinos (equus caballus), jumentos e jumentas são asininos (equus asinus) e os burros e bestas (que também podem ser chamadas de mulas) são muares, resultado do cruzamento de jumentos com éguas. Portanto, um burro é o filho de um jumento e não o jumento em si.
Feitos os devidos esclarecimentos, anote na sua agenda esta data tão importante e tome muito cuidado para não mais confundir jumentos, asnos e jegues com cavalos, burros e bestas. Assim você garante estar homenageando corretamente aqueles que tanto merecem o nosso reconhecimento.
Três vivas para os nossos políticos que sempre estão antenados em corrigir injustiças e que investem o precioso tempo (ou seria ocioso?) valorizando cada centavo do dinheiro do contribuinte que paga todos os seus privilégios: viva, viva, viva!
Não posso dizer que esta crônica é uma ficção, então, vamos ficando por aqui!