Estudante perde concurso de soletração, e pais processam organizadores
Família alega que a palavra 'mulher', usada no campeonato, fere regra que proíbe uso de palavras não inclusivas
Melhor Não Ler|Do R7

Uma escola brasileira promoveu um campeonato de soletração entre os alunos do terceiro ano fundamental. Porém, o uso da palavra “mulher” na reta final do concurso levou os pais de uma aluna a processarem os organizadores.
Depois de várias rodadas, Enzo e Valentina disputavam o primeiro lugar quando o menino sorteou a palavra “constitucionalissimamente”. Ele pediu que lhe fosse fornecida a definição da palavra e o seu uso em uma frase. Os jurados imediatamente atenderam ao pedido:
“Constitucionalissimamente significa tomar decisões de maneira constitucional.” Uso em uma frase: “O STF não entendeu que deve tomar decisões constitucionalissimamente”.
Enzo soletrou corretamente, e todos aplaudiram de pé, pois o menino acabara de empatar com Valentina. Embora ela tenha mantido a liderança durante todo o concurso, caso errasse a próxima palavra, ficaria com o segundo lugar.
Valentina sorteou a palavra “mulher” e ficou imediatamente constrangida, pois nunca havia recorrido ao direito de solicitar a definição de um termo. Mas os jurados não responderam e começaram a confabular sobre quem teria incluído tal palavra.
Sem resposta, a menina solicitou o emprego da palavra em uma frase e, depois de muita insistência, um dos jurados disse: “Mulher é um termo não inclusivo que não devemos utilizar. Substitui-se por ‘pessoa com útero’, ‘ser que menstrua’ ou ‘quem se identifica como tal’”.
Valentina bem que tentou, mas não conseguiu soletrar corretamente e ficou com o segundo lugar. Os pais da menina não se conformaram, e o caso foi parar nos tribunais. Devido ao seu caráter preconceituoso, o processo corre em segredo de Justiça.
Esta crônica é uma ficção, mas poderia não ser.