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Filho processa pai por ter sido 'bonzinho demais'

Aos 30 anos, filho pede indenização na Justiça por danos irreversíveis causados pela 'bondade' excessiva do pai desde sua infância

Melhor Não Ler|Do R7

Frederico Ignácio Junior processou o próprio pai, Frederico Ignácio, em uma ação inédita em toda a história deste país. O filho alega que seu pai foi tão bonzinho, mas tão bonzinho que chegou a ser totalmente irresponsável. Junior procurou a Justiça dizendo que o pai não cumpriu com seus deveres de educador, mas que, em vez disso, sempre comprou tudo o que ele pedia e o deixava livre para fazer o que quisesse na hora que bem entendesse.

Dessa forma, Frederico Junior entendeu desde pequeno que, embora tivesse que ir à escola, não precisava aprender coisa alguma, pois seu pai deu um jeito de ele ser aprovado automaticamente todos os anos, mesmo sem saber absolutamente nada.

Quanto às finanças, Frederico pai ensinou a Frederico filho que não importava se a família tinha ou não dinheiro para comprar tudo o que vissem pela frente. O pai dizia que essa história de “teto de gastos” é coisa de gente malvada que não gosta de ver os outros felizes. “Vamos comer, beber e nos divertir. As contas a gente vê depois!”, dizia o pai bonzinho.

E se alguém ousasse mencionar que o estilo de vida da família estava errado, Frederico pai chamava imediatamente seus amigos para resolverem a questão. O maledicente, além de levar uma surra tremenda, era banido do bairro. “Não vem espalhar mentira aqui, não! Mais amor, por favor”, dizia o pai mais bondoso e tolerante de toda a história deste país.

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Porém, Juninho cresceu e, aos 30 anos, descobriu que o pai mentia sobre sua condição financeira e só bancava aquele estilo de vida ilusório fazendo dívidas e mais dívidas. Ele também percebeu que precisará trabalhar muito para pagar o rombo que o pai deixou — embora Frederico pai afirme não ter culpa de nada. “Eu fui o pai que todo filho gostaria de ter e você é um ingrato. Agora só me resta sentir essa dor pungente da injustiça”, protesta o progenitor.

Hoje em dia, Frederico Filho não consegue emprego algum porque mal sabe ler, escrever ou fazer contas simples. Ele também tem o “nome sujo” na praça por estar devendo uma bolada no banco. Junior alega que apenas fez o mesmo que viu seu pai fazendo a vida toda: assinou uns papéis de empréstimo sem ler e saiu comemorando e gastando.

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Além da indenização por não ter aprendido nada durante todos esses anos, o reclamante também quer mudar de nome: “Eu estou virando meme! Não quero mais me chamar Frederico porque eu não passo mesmo é de um Fredepobre!”

Esta crônica é uma ficção, mas qualquer semelhança com o que acontece no Brasil não é mera coincidência.

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