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Melhor Não Ler

Governos sempre têm soluções para problemas que eles mesmos criam

Depois de destruir os próprios países, políticos mantêm suas mordomias enquanto a população paga a conta comendo pé de galinha

Melhor Não Ler|Do R7

Pobreza é um dos principais problemas brasileiros
Pobreza é um dos principais problemas brasileiros

Como já cantava o pensador contemporâneo Compadre Washington, da corrente filosófica É o Tchan: “Essa é a mistura do Brasil com o Egito, tem que ter charme pra dançar bonito”. E haja charme, porque a população de países que se dizem democráticos, mas insiste em eleger governantes autoritários que juram lutar pela democracia, vai dançar muito mesmo. Seja aqui no Brasil, com o povo do “o amor venceu”, seja lá no longínquo Egito, com um ditador para chamar de seu.

Por aqui, o pessoal que votou no candidato da picanha — que prometeu carne e cervejinha todo fim de semana e isenção de Imposto de Renda para o país “voltar a ser feliz” — está tendo que se conformar com a felicidade de aprender o significado da palavra metáfora e em ser considerado rico, pois vai ter de pagar IR mesmo ganhando menos de um salário mínimo e meio.

E na República Democrática do Egito, país desgovernado pelo ditador Abdel Fattah Al-Sisi — e que de democrático só tem o nome —, a população enfrenta o aumento de 100% no preço de itens básicos, como produtos de higiene e alimentos. Mas como não há problema que os governos criem que eles mesmos não tenham uma solução esdrúxula para sugerir, eis que o Instituto Nacional de Nutrição do país das múmias surge com a seguinte narrativa: “Estamos preocupadíssimos com a saúde de todos vocês, população amada! Estamos aqui para salvá-los com muito amor, carinho e proteína: por favor, comam mais pés de galinha”.

Povos de todo o mundo: o que seria de nós sem essas pessoas incríveis à frente das instituições públicas ao redor do planeta? Como nós, brasileiros, viveríamos sem nossa “picanha metafórica” e sem o nosso governante do amor prometer que voltará a mandar bilhões de dólares aos países vizinhos, enquanto aqui falta de tudo? E como a civilização egípcia teria continuidade sem gênios como esses, os novos faraós, os divinos reis do Alto e do Baixo Egito, os amados de Ptah, os verdadeiros Hórus vivos? Certamente seria o fim da humanidade!

Enquanto isso, vamos recitar diariamente o que ensinou o grande filósofo das multidões: “Rala, ralando o tchan, aê! Rala, ralando o tchan, habib!”

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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